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Celebridades

'Trocaria qualquer coisa para não ter que ficar pegando avião', escreveu Marília Mendonça

Postagem foi exatamente dois anos antes do acidente fatal desta sexta (5)

Marília Mendonça diante do avião, em imagem de um vídeo publicado pela cantora horas antes do acidente - @MariliaMReal no Twitter

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Tatiana Cavalcanti
São Paulo

No dia 5 de novembro de 2019, exatamente dois anos antes de morrer em um acidente aéreo no interior de Minas Gerais, a cantora Marília Mendonça demonstrou sua insatisfação em viajar de avião em uma postagem em suas redes sociais.

"Cada um nas suas dificuldades. Eu trocaria qualquer coisa [para] não ter que ficar pegando avião. Só para ficar pertinho da família. Mas, é isso! Somos mais fortes do que imaginamos!", escreveu a artista em postagem no Twitter, há exatos dois anos.

Outra publicação antiga da cantora também repercutiu muito nesta sexta (5), após a notícia de sua morte. "Gente, mas eu sonhei com água, queda d’água, cachoeira, rio a noite todinha que Deus deu ", escreveu a cantora em 4 de maio de 2020. O avião em que ela viajava caiu ao lado de uma cachoeira, em uma serra de Piedade de Caratinga, interior de Minas Gerais.

A cantora morreu na tarde desta sexta-feira (5), aos 26 anos, no interior de Minas Gerais, deixando uma infinidade de fãs em luto. Muitos recorreram às redes sociais para fazer uma última homenagem à cantora conhecida como rainha da sofrência.

Marília Mendonça nasceu em Cristianópolis (GO), mas cresceu em Goiânia. Sua carreira começou lentamente, quando sua mãe, Ruth Moreira Dias, a ouviu cantando no banho e comprou faixas de playback para ela cantar em uma igreja evangélica. Instagram/Reprodução/

Ainda jovem, Marília fez duas aulas de violão e desistiu porque 'não gostava da teoria'. Ela começou cantando na igreja, mas saiu porque ela exigia exclusividade, e passou a cantar em busca de 'um trocado para pagar luz e comida', como contou em entrevista à Folha em 2017; na imagem, ela aparece no Villa Country em 2015. UOL/Reinaldo Canato - 4.dez.2015

Marília traçou um plano de investir no Norte e no Nordeste, sem jamais ter pisado lá. Começou naqueles estados e foi se espalhando para as outras partes do país, atraindo grande público em shows, como este em Piracicaba (SP) em 2017. Folhapress/Mastrangelo Reino - 27.nov.2017

Ela encabeçou o feminejo, cena de mulheres que ganhou projeção na historicamente masculina música sertaneja ao tratar de empoderamento feminino. No começo, seu empresário sugeriu um regime e repertório de músicas românticas, a exemplo de Paula Fernandes, cantora que despontava no gênero. Mas, confiante, ela rejeitou. 'Ele pegava essas faixas românticas, floreadas, dos relacionamentos que deram certo. E eu queria falar da realidade' contou ela em entrevista à Folha me 2017. Tornou-se a 'rainha da sofrência' . /Mauricio Fidalgo/Globo

Em 2015, Marília se uniu às gêmeas Maiara e Maraisa para o show 'Festa das Patroas'. O projeto foi retomado em lives durante a pandemia e ganharia uma turnê própria a partir de março de 2022. Divulgação/Flaney Gonzallez

A cantora chegou a postar nas redes sociais um vídeo cômico sobre sua viagem à Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde tinha um show marcado na noite desta sexta (5) . Instagram/mariliamendoncacantora/5.nov.2021

O avião em que ela estava caiu perto de uma cachoeira na serra de Caratinga. Além dela, foram confirmadas ainda as mortes de outras três pessoas. Marília deixa um filho de dois anos. Band/Reprodução/

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