Príncipe Harry e Oprah se reencontram para novo programa sobre saúde mental
'The Me You Cant See: A Path Forward' será exibido na sexta (28)
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O príncipe Harry e Oprah Winfrey devem revisitar seu documentário sobre saúde mental com uma continuação, anunciou a Apple TV+ nesta quarta-feira (26), acrescentando que a série causou um aumento de 25% de espectadores novos à plataforma de streaming.
“The Me You Can’t See: A Path Forward” será um encontro comunitário virtual a ser exibido na sexta-feira (28) no qual se reencontrarão os especialistas de saúde, celebridades, atletas e outros que contaram suas lutas com a depressão, a esquizofrenia e a ansiedade na série.
A Apple TV+ disse que o documentário, no qual Harry falou em detalhe sobre o trauma da morte de sua mãe, sua preocupação com a esposa, Meghan, e a reação de outros membros da família real britânica, resultou em um aumento de mais de 40% na audiência média de final de semana no Reino Unido na semana passada.
“The Me You Can’t See” também foi amplamente visto no Canadá, Austrália, Alemanha, Brasil e outros territórios, disse a Apple.
O projeto assinalou a primeira empreitada de Harry na produção televisiva desde que ele e Meghan, conhecidos formalmente como duque e duquesa de Sussex, abdicaram das ocupações reais e se mudaram para o estado norte-americano da Califórnia em 2020.
A Apple TV+ disse que o encontro de sexta-feira contará com algumas das pessoas entrevistadas, como a atriz Glenn Close, oferecendo um aprofundamento de suas histórias e conselhos de especialistas. Não ficou claro se Harry falará sobre seus próprios dilemas de saúde mental no encontro.
Na série, Harry fez declarações fortes sobre a sua vida na realeza britânica. De acordo com ele, houve negligência por parte da Família Real após todos saberem dos pensamentos de Markle de se matar. Os membros teriam se negado a prestar qualquer ajuda a ela.
“Achei que minha família iria ajudar, mas cada pedido, aviso, seja o que for, acabou encontrando silêncio total, abandono total. Passamos quatro anos tentando fazer funcionar. Fizemos tudo o que podíamos para ficar lá [na realeza britânica], mas Meghan estava lutando”, comentou.
Harry disse que tinha a sensação de estar preso dentro da família e que não havia opção de sair. “Eventualmente, quando eu tomei essa decisão [de deixar o cargo], ainda me disseram: ‘Você não pode fazer isso’. Ela [Meghan] iria acabar com sua vida. Não deveria ter que chegar a isso”, revelou.
Os pensamentos suicidas da Duquesa de Sussex aconteceram enquanto ela estava grávida de seis meses de Archie, em janeiro de 2019. Harry conta que ela já até teria entrado “nos aspectos práticos” de como pensava tirar a vida.
Todo esse fato o fez lembrar da morte da mãe, Lady Di, que morreu após uma perseguição de fotógrafos que resultou em uma batida de carro, em Paris, em 1997. Harry tinha 13 anos. Meghan Markle teria desistido de se matar após perceber que Harry não poderia perder outra mulher de sua vida.
“Minha mãe foi perseguida até a morte enquanto mantinha um relacionamento com alguém que não era branco. E agora veja o que aconteceu. E tudo volta para as mesmas pessoas, o mesmo modelo de negócios, o mesmo setor”, disse ele.
Aos 30 anos, Harry abusou do consumo de álcool e de drogas para lidar com a morte da mãe, algo que ainda o faz ter calafrios até hoje. Segundo ele, a cidade de Londres é um gatilho para sua ansiedade.
O relacionamento conturbado com o pai, Charles, também foi um tópico comentado na entrevista. Segundo Harry, todos os dramas pelos quais o pai passou durante a vida eram derramados sobre ele e o irmão William.
“Meu pai costumava me dizer quando eu era mais jovem: ’Bem, foi assim para mim, então vai ser assim para você’. Isso não faz sentido. Só porque você sofreu isso não significa que seus filhos tenham que sofrer. Se você sofreu, faça tudo que puder para ter certeza de que quaisquer experiências negativas que você teve, você pode consertar”, completou.
A série de entrevistas “The Me You Can’t See”, comandado por Oprah Winfrey, está disponível na Apple TV +. A atração também conversará com nomes como Lady Gaga e Glenn Close.