Celebridades

Jay-Z cria fundo de investimento para ajudar minorias que atuam no setor de cânabis

Mercado cresce bastante nos EUA desde a liberação da maconha medicinal

Jay-Z - Mike Segar - 23.jan.19/ Reuters

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Washington

AFP

O rapper e produtor musical norte-americano Jay-Z, 51, criou um fundo de investimento de US$ 10 milhões (R$ 53,6 mi) para financiar pequenas empresas do setor de cânabis planta que deriva a erva da maconha entre outras coisas– pertencentes a afro-americanos ou a companhias geridas por minorias.

Shawn Carter, conhecido como Jay-Z, quer se tornar uma referência na indústria legal da cânabis nos Estados Unidos, e pode construir um instrumento de capital de risco para adquirir em dezembro uma plataforma de venda direta aos consumidores na Califórnia, a Caliva, e um produtor de cânabis, o Left Coast.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, desde que a maconha medicinal foi legalizada na Califórnia, há 25 anos, a cânabis ​cresceu e se tornou um negócio legal de US$ 20 bilhões (R$ 107 bi) no país, que poderia ultrapassar o mercado de US$ 70 bilhões (R$ 375 bi) do vinho americano até 2030.

"Com um investimento inicial de US$ 10 milhões de financiamento e uma contribuição anual de pelo menos 2% dos lucros, estamos focados na diversificação comercial e na mão de obra" entre as minorias, disse a empresa matriz, The Parent Company (​conglomerado de empresas chefiadas por Jay-Z) em comunicado.

A The Parent Company, agora uma companhia de aquisição com propósito especial (SPAC, suas siglas em inglês), será um veículo destinado a obter fundos na bolsa, e está listada desde a semana passada na plataforma financeira canadense, a NEO Exchange. A cantora Rihanna também é uma investidora.

A empresa se compromete a investir 2% de seu orçamento anual neste novo "Fundo de Investimentos para Capital Social", criado por Jay-Z, que é marido da cantora Beyoncé.

O Wall Street Journal afirma que o rapper estaria motivado pelo desequilíbrio no negócio da maconha, já que os negros teriam sido punidos de forma desproporcional por envolvimento com a droga onde ela é ilegal, sendo muito pouco beneficiado pelo mercado multibilionário onde a maconha é legalizada.

“É realmente inacreditável como isso pode acontecer”, disse o artista musical. “Fomos os mais afetados negativamente pela guerra contra as drogas, e a América mudou e criou um negócio que vale bilhões.”