Celebridades

Ellen Page fala sobre representatividade em série da Netflix e compara com sua infância

'Se, quando eu era criança, tivesse algo assim na TV, significaria muito para mim', diz atriz

A atriz Ellen Page no lançamento de "X-Men: Days of Future Past" - Eric Thayner - 11.05.2014/Reuters

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São Paulo

Ativista da causa LGBT, Ellen Page, 33, comentou sobre como espera que sua personagem Vanya, da série "The Umbrella Academy", consiga criar a sensação de representatividade entre os espectadores.

“Eu sinto que Vanya está finalmente sendo ela mesma em diversos sentidos. Imagino e espero que isso possa refletir nas pessoas, em suas experiências emocionais, seja através de Vanya, Sissy ou no relacionamento entre elas. Eu sei que, se quando eu era criança, tivesse algo assim na TV, significaria muito para mim e seria de muita ajuda”, diz ela em novo vídeo publicado nesta segunda-feira (10) pela Netflix.

“Ela se apaixona por uma mulher nos anos 60 e enfrenta obstáculos, mas também tem a chance de experimentar alegria e beleza, além de abrir seu coração. É uma questão de nuance. Elas estão numa situação complicada, naquela época, mas ainda tem momentos encantadores”.

A atriz já havia afirmado na última semana que se sente "cansada e doente" por ser grata em continuar tendo uma carreira bem-sucedida após assumir ser lésbica. "Estou exausta de dizer: 'Tenho a sorte de ser eu mesma no mundo'. Eu não deveria dizer nada dessa m****, mas no esquema que as coisas estão, sou sortuda e isso é péssimo", desabafou a atriz.

A artista continuou seu relato à revista Stylist dizendo-se agraciada por poder trabalhar com aquilo que gosta. "Tenho sorte de estar num lugar onde posso me assumir e adoro interpretar personagens esquisitos", completou Page, que é casada com a dançarina Emma Portner, 25, desde 2018.

Para a atriz é "ridículo" perguntarem se ela teme se sentir profissionalmente estigmatizada por conta de sua orientação sexual. "Você nunca perguntaria isso a uma atriz heterossexual. Por que eu não gostaria de interpretar esses papéis? Francamente, eu ficaria emocionada se interpretasse os papéis que já fiz novamente”.

Page acredita que o caminho a ser percorrido em busca da aceitação é longo e que as pessoas, especialmente aquelas que têm poder de influenciar outras, devem pensar em como o alvo de uma possível piada vai se sentir. "Você não pode parecer uma vítima por causa disso, especialmente se for alguém privilegiado. É preciso repensar e ouvir as pessoas que têm a experiência real", concluiu.