Beyoncé pede justiça no caso de Breonna Taylor em carta aberta a procurador do Estado
Taylor foi morta pela polícia em março deste ano em Louisville
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Em meio à protestos contra o racismo e o combate a violência policial nos EUA, Beyoncé, 38, quer visibilidade ao caso da norte-americana Breonna Taylor, morta pela polícia em março deste ano em Louisville, no Kentucky.
A cantora escreveu uma carta aberta ao procurador-geral do Kentucky, Daniel Cameron, divulgada pelo site TMZ neste domingo (14), em que pede justiça. "Três meses se passaram e nenhuma prisão foi feita, nenhum policial foi demitido", escreveu a artista.
Policiais invadiram o apartamento de Taylo enquanto ela dormia com seu namorado Kenneth Walker, durante uma madrugada. Os policiais disseram que estavam investigando um caso de tráfico de drogas e que portanto, era um chamado "mandado sem aviso".
O namorado da vítima relatou que se assustou ao ser acordado no meio da noite e pensou que alguém estivesse arrombando o apartamento, então atirou e feriu um policial. Os policiais retribuíram e atiraram em Taylor pelo menos oito vezes, que acabou não resistindo aos disparos.
"Com cada morte de um negro nas mãos da polícia, há duas tragédias reais: a própria morte, a inação e os atrasos que a seguem. Essa é sua chance de acabar com esse "padrão". Tome uma ação rápida e decisiva ao acusar os policiais", reforçou Beyoncé em sua carta.
O sargento Jonathan Mattingly e os oficiais Myles Cosgrove e Brett Hankison estão sendo investigados pelo caso de Breonna Taylor. Os três policiais foram postos em licença administrativa.
Beyoncé termina sua carta com uma lista de demandas para a Daniel Cameron, dizendo que ela e a comunidade querem que as acusações sejam feitas contra os três homens de forma transparente e subsequente de uma acusação concreta contra eles.
"Não deixe esse caso cair no padrão de nenhuma ação após uma terrível tragédia. Os próximos meses não podem parecer os três últimos", finalizou.
No último dia (7), Beyoncé enviou uma mensagem para a geração de formandos 2020, em um discurso no qual destacou o movimento Black Lives Matter e afirmou haver sexismo na indústria musical. Ela também elogiou os que trabalham por mudanças. A estrela estava entre as personalidades convidadas para participar da cerimônia virtual do YouTube, chamada Dear Class of 2020 ("Querida Turma de 2020").
CASO GEORGE FLOYD
Os protestos e manifestações contra o racismo eclodiram após a morte de George Floyd, um ex-segurança negro que foi brutalmente assassinado em praça pública em Minneapolis (EUA) pelo policial Derek Chauvin. O rapaz morreu por "asfixia mecânica” após ter seu pescoço prensado contra o asfalto por cerca de sete minutos.
Ao menos 70 cidades do país ficaram em chamas por protestantes que pedem o fim da violência policial e o racismo estrutural. A partir de então, a hashtag #BlackLiveMatters (em português "vidas negras importam"), tomou conta da internet. Artistas, celebridades, autoridades, e internautas ao redor do mundo deram atenção ao debate.