Mick Jagger e Donald Sutherland criticam Trump e Bolsonaro por política ambiental
'Estão arruinando o mundo", disse o ator no Festival de Veneza
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O ator canadense Donald Sutherland, 84, e o vocalista da banda Rolling Stones, Mick Jagger, 76, criticaram, neste final de semana, as políticas ambientais promovidas pelos governos dos Estados Unidos e do Brasil, durante o Festival de Veneza. Segundo o ator, os presidentes dos dois países “estão arruinando o mundo”.
O músico, que passou pelo evento para promover o filme “The Burnt Orange Heresy” (“A Heresia da Laranja Queimada”, em tradução livre), em que aparece como ator, parabenizou e afirmou concordar com um grupo de jovens que protestou no tapete vermelho contra as mudanças climáticas.
“Nós estamos em uma situação muito difícil no momento, principalmente nos Estados Unidos, onde todos os controles ambientais colocados em prática foram tão distorcidos pela administração atual, que quase desapareceram, afirmou o cantor britânico. Segundo ele, o país decidiu seguir o caminho contrário.
Sutherland, que está no mesmo filme, concordou com o colega, estendendo a crítica também a outros líderes, como o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
“Quando vocês tiverem a minha idade, 85 anos, e tiverem filhos e netos, não deixarão nada para eles se não votarmos contra essas pessoas no Brasil, em Londres, em Washington”, afirmou ele. “Eles estão arruinando o mundo. Nós contribuímos para a ruína, mas eles estão assegurando isso".
As acusações teriam sido motivadas pela decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e pelo relaxamento de algumas regras impostas pelo governo anterior. Já Bolsonaro tem sido criticado pelo aumento do desmatamento da Amazônia e crescimento das queimadas.