Celebridades

Angelina Jolie pede apoio internacional para crianças venezuelanas durante visita a Colômbia

Segundo a atriz, 20 mil crianças refugiadas podem ficar apátridas

Angelina Jolie conversa com crianças em visita a Colômbia - Andrew McConnell/ Handout/ Reuters

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Julia Symmes Cobb
Bogotá

A atriz Angelina Jolie, 44, pediu neste sábado (8) que a comunidade internacional forneça mais apoio a três países sul-americanos com mais imigrantes da crise da Venezuela, dizendo que 20 mil crianças venezuelanas estão em risco de ficar sem direitos básicos de cidadania. 

Jolie falou na Colômbia como enviada especial do Escritório do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). Ela está em uma viagem de dois dias para se encontrar com imigrantes venezuelanos no país e se reuniu com o presidente colombiano, Iván Duque, em Cartagena. 

Quatro milhões de refugiados e imigrantes venezuelanos fugiram da crise humanitária e econômica em seu país natal. 

Mais de 1 milhão deles estão vivendo na Colômbia, onde o governo e agências de auxílio têm se esforçado para fornecer moradia, comida e cuidados de saúde a um fluxo de imigrantes que não para de crescer vindo de regiões já pobres e violentas na fronteira. 

Pais de crianças venezuelanas nascidas em outros países geralmente têm problemas para registrar o nascimento do bebê, porque não têm acesso a um número cada vez menor de consulados venezuelanos, ou porque não têm os papéis de imigração. 

“O presidente e eu conversamos sobre o risco de deixar mais de 20 mil crianças apátridas, sobre seu compromisso em sempre ajudar crianças”, afirmou Jolie, vencedora do Oscar, em conversa com a imprensa. 

“Concordamos sobre a necessidade urgente de a comunidade internacional dar mais apoio à Colômbia, ao Peru e ao Equador, que estão carregando o fardo da crise.” 

Duque disse que esperava que a visita alertasse o mundo para a seriedade da crise migratória. Jolie visitou imigrantes venezuelanos no Peru em outubro do ano passado. Ela concluirá sua visita na cidade de Maicao, na fronteira com a Venezuela, ainda neste sábado. 

A crise econômica da Venezuela levou à ampla escassez de comidas e remédios básicos, enquanto as hostilidades políticas motivaram onda de violência fatal.