'Machismo é escravidão mesmo para quem tem privilégios', afirma ator Fabrício Boliveira
Artista é capa da revista GQ, assim como Emilio Dantas e Chay Suede
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Menos machismo e mais sensibilidade. Esse é o cenário que o ator Fabrício Boliveira, 36, defende como um sinal dos novos tempos. "Não é mais confortável viver neste lugar, a não ser que você seja branco, hétero e rico", afirmou ele à revista GQ deste mês de setembro.
O artista, que hoje dá vida ao vingativo, mas também carente, Roberval, em "Segundo Sol" (Globo), compõe uma das três capas desta edição da publicação. As outras trazem seus colegas de elenco Emilio Dantas e Chay Suede. A revista já tinha feito múltiplas capas na edição de março, com Camila Pitanga, Leandra Leal, Bruna Linzmeyer e Taís Araújo.
Boliveira contou à publicação que foi gago na infância, mas sempre sonhou em ser um contador de histórias. Ele também falou sobre o machismo, que afirmou ser "uma escravidão, até mesmo para quem tem todos esses privilégios", e comemorou o fato de dar vida ao primeiro personagem "negro, rico e vilão" da TV.
Na semana do centésimo capítulo da trama das nove, seu personagem, Roberval, está protagonizando um das várias reviravoltas da novela, comprando a mansão de Severo (Odilon Wagner) e unindo de uma forma torta toda a família Athaíde sob o mesmo teto.
"A história de Roberval é a história de uma família no fundo, não é de vilania. Ele não tem esse propósito tão grande de vilania, eu acho, como a imprensa às vezes fala. Ele é um carente", avalia Carneiro. O ator concorda: "Ele é um traumatizado. Tanto que nenhuma de suas vinganças dão certo."
EMILIO NOIADO
Também capa da GQ neste mês, Emilio Dantas, 35, protagonista de "Segundo Sol", falou à revista sobre imagens e disse que foi "noiado com essa coisa de tirar a camisa". "Já me preocupei porque meu corpo não é maneiro. Porém, quando vejo as mulheres falando sobre aceitação, isso traz confiança", afirmou.
O ator ainda falou não ter problema com sua "pança" e seu "sovaco cabeludo". "Será que a gente está mudando tudo? Se for, que bom. Aí fico orgulhoso", afirmou ele, que diz não ser bom moço, mas que perde muito tempo, por prazer, tentando encontrar um jeito melhor de se viver.
Já Chay Suede, 26, falou à revista sobre sua presença nas redes sociais e em como as coisas são distorcidas. "Quando o que dizem se distancia muito da realidade é preocupante, não pelo que estão dizendo, mas me pergunto por que é importante desfigurar alguém? Mas não perco meu sono por isso", afirma.