Seis leões e seis tigres saem da Ucrânia e recebem abrigo na Polônia
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Seis leões e seis tigres de um abrigo para animais maltratados perto de Kiev, capital da Ucrânia, puderam ser enviados para a Polônia nesta quinta (3) e deixar o país invadido pela Rússia, segundo disse à AFP Malgorzata Chodyla, porta-voz do zoológico de Poznan, que recebeu os animais.
Eles foram transportados em um caminhão que percorreu quase mil quilômetros, saindo de Kiev, para evitar a região de Khitomir, bombardeada pelas forças russas. Em um ponto da viagem, o caminhão, que partiu na terça-feira (1º), teve de parar quando ficou cara a cara com tanques russos.
O motorista se escondeu no veículo, enquanto a dona do abrigo, Natalia Popova, teve de se juntar ao comboio para alimentar os felinos, porque os membros da escolta não sabiam como fazê-lo, contou a porta-voz. Na fronteira, os animais foram transferidos para um caminhão polonês, e o motorista ucraniano retornou para sua cidade natal para encontrar sua família.
Atravessar a fronteira também não foi fácil, pois a administração ucraniana não conseguiu redigir os documentos necessários para a saída dos animais. Graças a uma modificação recente do procedimento da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) e à ajuda do chefe dos serviços veterinários do lado polonês, o problema pôde ser resolvido, disse Chodyla.
A diretora do zoológico de Poznan, Ewa Zgrabczynska, que ajudou Popova a organizar a retirada, entrou em contato com várias organizações ocidentais que poderiam acolher os animais. Ela também lançou uma campanha de arrecadação de fundos para cuidar dos animais.
Popova voltou para o abrigo na Ucrânia para cuidar de seu 70 "pupilos", incluindo animais que pertenceram a circos e outros que sofreram maus-tratos. Sua sócia, a polonesa Ewa Zgrabczynska, é conhecida por suas ações em favor de animais de circo e de zoológicos particulares.
Há dois anos, ela organizou o resgate de nove tigres que corriam risco de morrer. Eles estavam a caminho de um zoológico na Rússia, mas ficaram presos em um caminhão na fronteira entre Polônia e Belarus.