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Mergulhador registra 'bolsa de sereia' no mar de Fernando de Noronha

Rara de ser avistada, cápsula é uma espécie de 'placenta' do tubarão-lixa

Ovo de tubarão - Renato Magalhães/Ciliares

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São Paulo

Você já ouviu falar em bolsa de sereia? Será que os seres mitológicos usariam esses acessórios fashion enquanto fazem seus passeios subaquáticos? Na verdade, bolsa ou cápsula de sereia é o nome pelo qual são conhecidos os ovos de alguns animais marinhos, como raias, quimeras e algumas espécies de tubarões.

Um deles foi fotografado na quinta-feira (26) pelo mergulhador pernambucano Renato Magalhães, 32, e fez sucesso na internet, já que são raros de serem avistados. O registro foi feito na região da Ressurreta, ponto de mergulho na Ilha Rata, que faz parte do arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

Magalhães, que trabalha em uma empresa de fotos e vídeos subaquáticos e mergulha no local desde 2015, contou ao F5 que só havia visto outra bolsa de sereia há cerca de 3 anos. Na época, a imagem não foi para as redes sociais, de modo que não teve a mesma repercussão.

"Foi no mesmo local, mas ninguém deu atenção", surpreende-se. Desta vez, ele estava com um grupo de turistas, que nem perceberam a raridade da cena. "Era um mergulho de batismo, ele não entenderam muito o que era, só depois que subimos no barco e contamos que eles acharam interessante."

Ele explica ainda que a espécie foi identificada pelo biólogo do local como tubarão-lixa. O ovo, na verdade, não tinha um tubarão dentro. Trata-se de uma espécie de placenta, que envolve o feto e é expelida pela mamãe tubarão no parto.

"Embora, em situações de perigo, ela possa expelir o ovo com o filhote ainda dentro", ressalva. Ele afirma que ela tem o tamanho de uma mão, ou cerca de 15 centímetros. A cápsula pode ser de cores escuras, como marrom ou preto, mas nesse caso era de um verde quase fluorescente.

O mergulhador conta que, nesta sexta-feira (27), ele voltou ao mesmo ponto para tentar encontrar o filhote de tubarão que nasceu, mas não conseguiu avistá-lo. "Ele se escondeu embaixo de uma pedra", lamenta.

Já sereias Magalhães conta que nunca avistou no local. "Essas só vi em terra firme mesmo", brinca.