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Americana 'meio brasileira' vira influencer e se muda para o país: 'Me entendi como gente aqui'

Bridget Fancy viveu dos sete aos 17 anos na capital paulista e viralizou com conteúdos sobre diferenças culturais e linguísticas, muitas vezes ao lado do namorado carioca

Bridget Fancy: 'Meu conceito de amor foi totalmente criado em volta do acolhimento que recebi no Brasil' - @meiobrasileira no Instagram
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São Paulo

Desde que teve de deixar o Brasil e voltar aos Estados Unidos, Bridget Fancy soube que um dia retornaria ao país. Por isso, quando a americana de 27 anos contou à família que se mudaria para cá pouco antes do Réveillon, ninguém ficou muito surpreso.

A influenciadora morou por quase dez anos em São Paulo. Aos sete anos, ela e a família, originalmente do Texas, se mudaram para São Paulo por causa do trabalho do pai, especialista em tecnologia. "Ele amava o Brasil e minha mãe se animou pelas oportunidades que a gente ia ter, tanto de aprender um novo idioma quanto a troca de cultura", conta ela em entrevista ao F5.

Ao longo da conversa em português, é quase imperceptível algum sotaque, e ela alterna algumas expressões brasileiras para se expressar. Bridget lembra que um imprevisto fez com que os planos de todos mudassem de uma hora para a outra.

"Depois que meu pai faleceu, em 2013, nossa, vou pesar o clima, a minha família inteira voltou para os Estados Unidos. Então morei aqui dos sete aos 17 anos."

Quando vídeos de sua conta @meiobrasileira começaram a viralizar, a surpresa com o seu português quase perfeito foi grande. Ainda mais quando anunciou que estava de mudança. Nas redes sociais, Bri se define como "americana com o coração brasileiro" e "a gringa mais brazuca que você já viu". No Instagram, ela tem quase 1 milhão de seguidores; no TikTok, 400 mil.

"Muitos seguidores falaram que morar aqui era a pior decisão da minha vida, mas eu não estava pedindo opinião, estava avisando. Estou muito feliz. Me entendi como gente no Brasil. Meus irmãos são mais velhos, mas eu e minha irmã gêmea somos um caso muito específico. Quando voltamos para os Estados Unidos, tivemos um choque cultural muito grande."

Foi quando morava em Chicago para estudar psicologia que conheceu a comunidade brasileira de lá e teve a ideia de produzir conteúdos sobre a comunicação em inglês e diferenças culturais e linguísticas.

Outro tipo de conteúdo pelo qual ficou conhecida foi quando passou a experimentar besteiras de sua infância ao namorado brasileiro, Pedro. O casal se conheceu quando o carioca, segundo Bri, entrou de penetra em sua festa de aniversário. Eles viralizaram quando apresentaram comidas, doces e guloseimas tradicionais de seus países um para o outro.

"Dar macarrão com almôndegas enlatado para criança é caso de polícia", brincou ele em uma das gravações. "Eu tenho pena da sua infância."

SEGUNDA MUDANÇA

Desde dezembro, os dois estão em Resende, no Rio, enquanto procuram um apartamento para alugar. No entanto, a preferência de moradia para Bri é São Paulo, cidade em que considera ter mais possibilidades de emprego. Ela trabalha exclusivamente com as mídias digitais.

Quando viveu no Brasil pela primeira vez, a família passou por desafios. Um ano depois de se mudar para cá, uma das irmãs de Bri morreu, mas ela diz que o acolhimento dos brasileiros foi essencial.

"A comunidade no Brasil acolheu a minha família de um jeito que eu nunca tinha experimentado antes. Meu conceito de amor foi totalmente criado em volta disso. Na tragédia você realmente vê a necessidade da comunidade, por isso digo que no Brasil tem inteligência social", afirma.

Dez anos depois, na impressão dela, é como se o país tivesse mudado muito e nada ao mesmo tempo. As maiores diferenças têm sido nas pequenas coisas.

"As pessoas me reconhecem na rua, então não posso mais sair de pijama igual fazia lá. O tamanico das vagas de carros aqui e como as coisas na farmácia são pequenininhas, em comparação as coisas extravagantes dos Estados Unidos."

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