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Escultor do Quênia usa sucata para fazer arte com mensagem

Peças usadas vão de rodas de carrinhos de supermercado a estilhaços de metal de fábricas

Escultor queniano Kioko Mwitiki durante entrevista em Kajiado, no Quênia
Escultor queniano Kioko Mwitiki durante entrevista em Kajiado, no Quênia - Njeri Mwangi-5.fev.2020/Reuters
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Duncan Miriri
Kajiado (Quênia)

Dois leões de tamanho real feitos de sucata vigiam a entrada do estúdio do escultor de metal queniano Kioko Mwitiki, 56. Perto, um leopardo com buracos no corpo metálico imitando pintas se agacha perto de uma escultura de elefante gigantesca.

Mwitiki estima que já transformou milhares de toneladas de metal descartado –de rodas de carrinhos de supermercado a estilhaços de metal de fábricas– em arte ao longo de três décadas. Entre os clientes de seus artefatos, que podem custar até US$ 10 mil (R$ 43 mil) cada um, estão o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, a família real dinamarquesa, o museu Smithsonian de Washington e o Zoológico de San Diego.

​Mwitiki diz que suas obras são particularmente relevantes hoje devido às preocupações globais com o consumo excessivo, a poluição e a mudança climática. "Reciclar se tornou uma questão muito importante porque é preciso estar em sintonia com o que está acontecendo: todo esse plástico no ar, todo esse plástico no oceano", disse ele em seu estúdio, onde aprendizes fazem barulho martelando e moldando metal.

Às vezes sua escolha de material ajuda a chamar atenção para a conservação da vida selvagem, um tema que lhe é caro. Para suas esculturas de leões, ele transforma armadilhas para animais, usadas por caçadores ilegais em parques nacionais e dadas a ele pelo Serviço da Vida Selvagem do Quênia, em jubas imponentes.

Reuters
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