Você viu?

Grupo de japonesas liderado por atriz entra com petição contra uso de salto alto no trabalho

Movimento 'KuToo' luta contra o uso obrigatório no Japão

Yumi Ishikawa, líder e fundadora do movimento KuToo, que luta contra o uso obrigatório de salto alto no trabalho
Yumi Ishikawa, líder e fundadora do movimento KuToo, que luta contra o uso obrigatório de salto alto no trabalho - AFP
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Convenções mundiais de como deve se vestir no mercado de trabalho pode ser um incômodo muito grande para diversas pessoas ao redor do mundo. Ambientes sociais exigem roupas não muito confortáveis. 

Pensando nisso, no Japão, um grupo de japonesas apresentou nesta segunda-feira (03) uma petição ao governo local protestando contra a rígida convenção de usar sapato de salto alto durante trabalho.

A campanha nomeada de "KuToo", que é um trocadilho com a palavra "kutsu" (sapato) e "kutsuu" (dor), e uma versão para o slogan feminista "MeToo", foi concebido e amplamente pela atriz Yumi Ishikawa.

Petição foi registrada no Ministério do Trabalho do Japão nesta segunda-feira (03)
Petição foi registrada no Ministério do Trabalho do Japão nesta segunda-feira (03) - AFP

Pouco tempo depois do lançamento da campanha, ela teve uma grande abrangência nas redes sociais e obteve um grande apoio, chegando a números como 19.000 pessoas usando a hashtag.

As militantes dizem que é quase impossível escapar dos desconfortáveis sapatos de salto no trabalho, ou até mesmo quando procuram emprego.

"Hoje apresentamos um manifesto pedindo uma lei que proíba os empregadores de forçar que as mulheres usem salto alto, alegando que é discriminação sexual e constitui assédio", disse Ishikawa a jornalistas, após uma reunião com autoridades do Ministério do Trabalho.

Procurados pela agência de notícias AFP, nenhuma autoridade do Ministério se pronunciou sobre o pedido feito pelo grupo de japonesas.

Um tuíte de Ishikawa reclamando sobre a obrigação de usar salto para conseguir um emprego em um hotel se tornou viral, encorajando-a a lançar a campanha.

Em 2017, a província canadense de British Columbia (oeste) proibiu as empresas de obrigarem suas funcionárias a usar salto alto, descrevendo essa prática como perigosa e discriminatória.

AFP
Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem