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Chocolate antirrugas promete deixar pele de 50 anos com visual de 30

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Parece ser bom demais para ser verdade, mas os pesquisadores da Universidade de Cambridge estão desenvolvendo um chocolate que, segundo eles, vai retardar o aparecimento de rugas e flacidez na pele.

Chamado de Esthechoc, o produto promete deixar uma pessoa de 50 anos com pele de alguém de 30.

Em 7,5 gramas têm a mesma quantidade de astaxantina antioxidante que um filé de salmão do Alasca e mesma quantidade níveis de polifenóis do cacau (que combatem os efeitos dos radicais) livres que 100 g de chocolate amargo. Tudo em apenas 28 calorias, o mesmo que uma maçã.

Testes mostraram que depois de quatro semanas de consumo diário, voluntários tiveram menos evidências de inflamação no sangue e aumento de circulação para os tecidos da pele.

O criador do produto, Ivan Petyaev, ex-pesquisador da Universidade de Cambridge e fundador da Lycotec, empresa de biotecnologia, disse são os mesmos antioxidantes "que fazem os peixes dourados e os flamingos cor de rosa".

"Nos testes clínicos vimos a inflamação da pele diminuir à medida que os tecidos começavam a se beneficiar. Usamos pessoas de 50 e 60 anos e em termos de biomarcadores da pele o resultado foi o da pele de 20 ou 30 anos", afirmou Petyaev em entrevista ao jornal britânico "Telegraph".

Crédito: Gabo Morales/Folhapress Chocolate antirrugas promete deixar pele de 50 anos com visual de 30
Chocolate antirrugas promete deixar pele de 50 anos com visual de 30

O Esthechoc estará disponível, por enquanto, no Reino Unido em caixas para três semanas de chocolate, a partir do próximo mês.

Para os que se empolgaram com a novidade, o jornal inglês consultou alguns especialistas que foram cautelosos sobre o produto.

Naveed Sattar, professor de medicina metabólica na Universidade de Glasgow, disse que é necessário testes clínicos mais robustos para validar as alegações dos supostos benefícios feitos pela empresa.

"Há muitas razões biológicas para achar que alguns dos componentes podem beneficiar o processo ligado ao envelhecimento e mas por outro lado, comer muito chocolate significa mais calorias, o que significa obesidade. Não há só benefícios no produto. Esse alimento precisa ser testado para ter algum crédito genuíno. É gritante a ausência desses testes, portanto essas alegações são infundadas", questionou o professor.

Mas há quem veja potencial nos efeitos do chocolate. O nutricionista da University College London Dr George Grimble também alertou que estudos anteriores mostraram que a astaxantina funcionou melhor quando aplicado diretamente no rosto, ao invés de ingerida.

"É preciso que haja mais testes clínicos para mostrar que o produto é seguro, mas a astaxantina já demonstrou ter efeitos antioxidantes e baixa toxicidade. Me baseando nisso, parece promissor", afirmou Grimble.

"Como nutricionista, eu geralmente sou a favor de chocolate escuro. Ele tem um bom histórico científico, mas ainda é muito cedo para dizer quais seriam os benefícios a longo prazo", completou.

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