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Viva Bem

Como 'BruMar', casais da vida real falam de suas relações de idas e vindas: 'Virou doença'

Especialistas dão dicas para melhorar relacionamentos ioiô

O casal Bruna Marquezine e Neymar Jr.
O casal Bruna Marquezine e Neymar Jr. - Reprodução/Instagram/brumarquezine
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São Paulo

Se aquele ditado que diz "sorte no amor, azar no jogo" estiver certo, muita gente costuma ter a estrela brilhando... para o jogo. Terminar um relacionamentom para depois terminar de novo, pode ser exaustivo. Muitos casais vão e voltam constantemente. 

O exemplo mais famoso no universo das celebridades desse tipo de relação, o típico namoro ioiô, é o de Bruna Marquezine e Neymar, conhecidos como o casal Brumar. A última vez que eles se separaram foi no fim do ano passado,  mas o casal segue se comunicando pelas redes sociais. Há poucos dias, o jogador do Paris Saint-Germain curtiu post com fotos atriz da Globo. Internautas já especularam um possível retorno. Torcida é o que não falta.

Mas esse problema não faz parte só do mundo dos famosos. É mais comum do que se imagina. O empresário baiano Figueiredo Gel, 30, tem uma história que mais parece um filme. De acordo com ele, a relação com a antiga namorada foi e voltou mais de 30 vezes. “Isso iniciou em 2008 e se estendeu até 2015. Houve uma falta de maturidade. Terminávamos, voltávamos, dava certo depois não dava mais. Se nesse meio tempo alguém falasse que ficou com outra pessoa o pau quebrava de novo. Virou uma doença para mim. Fui parar no médico. Coloquei na cabeça que ela era a melhor mulher do mundo, criei alguém que não existia."

Hoje ele diz que tem uma relação de amizade com a ex-namorada, que já se casou e teve uma filha. Mas até conseguir desapegar de vez foi difícil. “Nunca fui ciumento, mas ela era demais. Mesmo assim, criei uma loucura por ela. Brigávamos muito. Sempre gostei de curtir a noite. Acabou que desgastou”, relembra.

Apesar de não pensar mais em retomar uma relação, Gel conta que costumava conversar com a moça quase que diariamente. “Ela me procurava, pois havia terminado o casamento. Mas coloquei na cabeça que queria ficar solteiro. Não ficou nenhuma mágoa, mas há um medo de eu projetar em uma pessoa o que eu projetei nela”, completa.

Assim como Gel, a modelo Letícia Daniela, 21, também tem problemas com um relacionamento conturbado. “Estou vivenciando isso faz tempo. Meu ex vai e volta. Quando eu me mudei para São Paulo já comecei a namorar com ele, que é médico e tem 34 anos. Ficamos juntos um bom tempo, mas brigávamos muito por causa de fotos minhas no Instagram. Ficamos nesse ioiô sempre”, conta.

Letícia, no final do ano passado, ainda namorava o médico. Porém, com a chegada de 2019 eles passaram por momentos conturbados e continuaram indo e voltando. “Esse vai e volta foi tudo por ciúme. Ele é bloqueado no meu Instagram e eu sou bloqueada no dele, acredita? De tanto que ficamos bloqueando um ao outro, agora travou e ninguém consegue reverter”, disse. Porém, o atual status de Letícia é solteira. "Cansei de tentar."

Apesar do momento só, a modelo conta que sempre houve um amor recíproco. “Por enquanto está assim. Mas ele já falou de casamento uma época e dizia que eu era a mulher da vida dele. Estou numa fase que quero conquistar minhas coisas, sou muito nova”, diz.

NO BRASIL E NO MUNDO

Relações que vão e voltam são muito comuns. Além de ‘BruMar’, que já perdemos a conta de quantas vezes reataram e terminaram, outros famosos também tiveram os seus momentos de vai e vem no amor. Exemplos não faltam. O casal Yanna Lavigne e Bruno Gissoni é um deles. Ambos começaram em 2013, romperam em 2015, tentaram de novo no ano seguinte, mas terminaram mais uma vez. Desde maio de 2018, estão juntos. O nascimento da pequena Madalena, de dois anos, ajudou.

Carlos Alberto de Nóbrega e Andréa de Nóbrega é outro casal ioiô. Ambos foram casados por quase 15 anos, mas encerraram o vínculo em 2009. Em 2014 eles tentaram de novo, mas novamente não deu certo. Atualmente, o humorista já tem uma nova namorada. O casal Cauã Reymond e Mariana Goldfarb também é bom em namorar e terminar. Atualmente, eles estão juntos.

Dentre os artistas do exterior, um dos casos mais emblemáticos é o dos cantores Justin Bieber e Selena Gomez.  Eles começaram em 2011, terminaram em 2012 e eram vistos juntos em 2013. Até pouco tempo atrás, sofriam com rumores de que teriam reatado. Mas Bieber se casou com a modelo norte-americana Hailey Baldwin.

Outro exemplo é Rihanna e Chris Brown. Eles haviam terminado em 2009 após uma suposta agressão por parte dele. E em 2012 eles reataram, mas não durou. 

Para Camila Moura, psicóloga especialista em relacionamentos do site Amor&Classe, múltiplos fatores podem explicar o vai e vem de casais. “Às vezes, são casais que têm uma influência familiar forte e essa família incentiva bastante esse casal a estar junto, seja por questões financeiras ou por entender que só serão felizes dessa forma. Outro fator pode ser um medo que esse casal tenha de lidar com o luto do término da relação. Luto também tem a ver com perdas, não só com morte”, aponta.

Para ela, as pessoas que têm um nível de insegurança muito grande são mais suscetíveis a não continuar uma relação. “Acontece também delas se amarem, mas quando estão juntas se sentem inseguras, ou de uma delas não ter confiança nessa relação gerando brigas em cima de brigas, desgaste.”

Porém, nem tudo está perdido. Para especialistas, há tratamentos que podem ser feitos. “O que é importante fazer é uma terapia de casal que permita entender quais são essas dificuldades. Essa terapia pode ajudar até a fazer com que haja um término, só que mais saudável”, afirma Camila.

De acordo com Anna Hirsch Burg, psicóloga e psicanalista, quando há um padrão há a necessidade de procurar ajuda. “Para a psicanálise, onde existe repetição existe uma manifestação inconsciente. Quando uma pessoa ou um casal repete algo que o faz sofrer, dificilmente consegue parar de repetir sem uma ajuda profissional para entender os motivos que levam a isso. Portanto, acho difícil dizer que uma relação ioiô se fortaleça”, analisa.

A psicanalista encerra dando uma dica para quem se encontra nessa situação. “Não há uma fórmula mágica. Mas o diálogo sempre é bem-vindo. Tentar entender as diferenças aproxima o casal.”

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