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Famosos têm casas com sala de sushi e poltronas de R$ 30 mil; veja dicas de decoração para se inspirar

Designers de celebridades indicam tendências de decoração

Suíte de Neymar para CASACOR, por Camilla Matarazzo
Suíte de Neymar para CASACOR, por Camilla Matarazzo - Divulgação
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São Paulo

Mais de mil metros quadrados de áreas de lazer e móveis que chegam a custar uma pequena fortuna. Você consegue imaginar como vivem os brasileiros famosos e milionários?

Segundo os designers de interiores Junior Pacheco e Camilla Matarazzo, que já atenderam a algumas celebridades, o que todos pedem em comum é originalidade – mesmo que isso signifique um cômodo todo espelhado ou uma cadeira premiada em Milão.

“Todos eles pedem personalidade. Não querem algo que já esteja pronto, mas algo que seja diferente, novo e surpreendente”, diz Pacheco, que já assinou projetos como a cobertura do ator Henry Castelli em São Paulo, o apartamento de Scheila Mello na capital, a casa da dançarina Scheila Carvalho e Tony Saller em Salvador e o gabinete de Alexandre Frota em Brasília.

Ele continua: “Sempre querem inovar de alguma forma. A cozinha do Henry, por exemplo, é toda preta. Todas as portas têm espelhos. A Sheila Carvalho e o Tony têm uma sala só para comer comida japonesa. Têm uma normal e outra com tatame, só para isso.”

O apartamento de Scheilla Mello já é bem menor se comparado aos dos colegas. Com 110 m², o destaque é a sua sala, dividida em três espaços: a sala de jantar, a sala de estar e uma área de ensaio, com um espelho com mais de três metros de largura, de moldura rococó.

Já a designer Camilla Matarazzo fez um ambiente para Neymar para o evento CasaCor 2011, que seria reproduzido na casa do jogador no Guarujá.

“É preciso sentir o que a pessoa quer, suas necessidades, como a pessoa vive e o que ela usa. Na época, lembro que o segurança dele disse que a cama precisaria ser bicama, porque todos os amigos dormem no quarto dele”, revela. De inusitado, o quarto tinha uma projeção de jogos de futebol, um game para treinamento e uma parede com lâminas de madeira, que estampava jogadores.

Matarazzo conta que, antes de qualquer projeto, é preciso conversar para entender se o cliente é mais sério ou descolado; mais extrovertido ou minimalista. “Neymar não pediu algo em específico, mas conversei com ele para saber do que ele gostava. Eu conversei até com a mãe dele.”

Se preciso, também ter pulso firme. “Às vezes, o que a pessoa quer não é exatamente o que vai ficar bonito.”  

MOBILIÁRIO ASSINADO​

Pacheco diz que costuma apresentar aos clientes móveis de designers premiados, pois é algo que costumam gostar. “A Sheila comprou uma poltrona premiada do Leonardo Bueno, por exemplo, que custa R$ 30 mil. São peças assinadas que não encontramos em lojas como Tok&Stok”, diz.

Segundo ele, tratam-se de peças “coringa”, que roubam qualquer cena. A originalidade é o essencial: vale desenhar um tapete diferente, roupa de cama ou até um projeto de marcenaria.

“Nessa era virtual, de fotos do Instagram, as pessoas querem ter um ambiente bonito e fotografável”, afirma. E exemplifica: para Simone Sampaio, rainha de bateria da Dragões da Real em São Paulo e uma de suas clientes, a escolha foi a temática africana.

“Estamos usando um dossel lançado no ano passado na feira de Milão. São coisas que não vendem em qualquer lugar”, diz. “Sempre tento apresentar esses artistas de móveis, ainda mais porque muitos deles são brasileiros.”

MODERNIDADE

Pacheco conta que a modernidade também é um fator importante, e que os projetos têm incluído cada vez mais o controle de luz e de janelas via aplicativo de celular. Acima de tudo, ele preza pela funcionalidade e originalidade.

“Estou fazendo a casa de um cliente agora que não tem cor. Ela tem 800 m² e é inteirinha branca. A minha casa também é toda de concreto aparente, outro exemplo de minimalismo”.

NA PAREDE​

Segundo os dois profissionais, não há segredo: a maior regra no planejamento da decoração da casa é fazer com que ela tenha a sua cara. Em seguida, dá para se inspirar nos famosos: eles pensam com cuidado nas áreas comuns, pois costumam receber muitas visitas.

“Algo que dá acabamento bonito, é barato e eu uso muito nos projetos é o papel de parede”, indica Pacheco. “É fácil de aplicar, e em todas as casas que eu faço, eu uso. Na Europa e entre os norte-americanos, é bem comum. Às vezes você não está com muito dinheiro, não quer pintar a casa, mas só com um papel de parede já consegue mudar a decoração. Fotografa muito bem também.”

É o que atesta Scheila Mello, que ganhou de Pacheco um lavabo carregado de significados: “O banheiro tem um papel de parede maravilhoso, com Kombis. E o primeiro carro da minha família foi uma Kombi, que tinha até nome: era a Verônica”, conta ela, que também usou um papel de parede zebrado no quarto da filha Brenda, de cinco anos.

Na dúvida, também vale investir em tijolos e/ou cores neutras para a parede. No caso da atriz, ela tem uma sala revestida com tijolos brancos e em apenas uma das paredes, tijolos coloridos em grafite.

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