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Descrição de chapéu Oscar 2025

Atriz de 'Ainda Estou Aqui' é vilã em 'Volta por Cima' e diz que vem sendo odiada pelo público

Pri Helena vive a empregada doméstica da família Paiva no filme indicado ao Oscar e a rival da protagonista na novela da Globo

Em foto colorida, mulher de vestido preto posa para fotógrafo
Mineira de Juiz de Fora, Pri Helena é formada em jornalismo: 'Me formei para enganar a família' - Maga Maju/Divulgação
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Rio de Janeiro

Pri Helena, 32, está amando ser odiada. Intérprete da bandida Cacá de "Volta por Cima", a atriz celebra a primeira vilã logo na estreia na teledramaturgia. Mineira de Juiz de Fora, ela deseja que Claudia Souto não escreva a redenção da personagem nos capítulos finais.

"Queria que ela vencesse essa barreira do machismo que existe ali nesse mundo da contravenção e que terminasse chefe de tudo", diz.

A atriz também está no elenco do filme "Ainda Estou Aqui". Ela conta que, quando foi chamada para fazer um teste para interpretar Zezé, a empregada doméstica da família Paiva, pensou que fosse um trote.

"Trabalhar com Fernanda Torres, Selton Mello e ser dirigida por Walter Salles não acontece toda hora (risos)", diz, em entrevista ao F5. Pri Helena revela que se inspirou na avó para construir a personagem no premiado filme brasileiro. "A minha avó saiu da roça para trabalhar na casa da família de um médico muito rico e abdicou muito da sua própria vida para cuidar do outro".

Como é para você estrear em novela com uma personagem tão odiada como a Cacá de 'Volta Por Cima'? Eu estou achando bom porque era exatamente isso que falaram quando me chamaram para o papel. A Cacá vai ser antagonista de Madalena (Jéssica Ellen), a grande rival tem que despertar a antipatia do público, a raiva e a torcida contra.

Como essa raiva e antipatia chegam para você? No início, fiquei assustada porque sou um rosto novo. Confesso que tinha medo de como o meu trabalho seria recebido pelo público, mas fui relaxando. Estou viciada em acompanhar a repercussão nas redes e esses burburinhos me alimentam no sentido de entender que eu estou na caminho certo. Uma vilã odiada é tudo que uma atriz deseja.

Você sempre quis ser atriz? Sempre. Comecei a fazer teatro com 11 anos na minha cidade, Juiz de Fora. Passei por várias companhias teatrais, cheguei a me formar em jornalismo para enganar a família (risos) porque queria mesmo ser atriz. Em 2017, me mudei para o Rio e fez a escola Martins Pena. Cheguei a fazer uma participação em "Travessia" (2022), de Gloria Perez, fiz também a série "Os Outros" e no ano passado veio o convite para a novela.

Acredita que esse convite tem relação com a sua participação no filme "Ainda Estou Aqui"? Com certeza. A Zezé é uma personagem incrível que eu procurei estudar muito, me envolver. Trabalhar com Fernanda Torres, Selton Mello e ser dirigida por Walter Salles não é toda hora (risos). Quando me chamaram e contaram que eu precisava fazer uma cena pelo celular e enviar a um produtor de 'Ainda Estou Aqui', pensei que fosse um trote.

Como foi para você construir a Zezé? "Ainda Estou Aqui " é um filme que retrata uma história real dos anos de 1970 e a primeira conversa que tive com a produtora é que ela seria uma personagem com uma relação próxima e densa com a família e de muita sororidade com a personagem da Fernanda Torres, a Eunice. Tinham poucos registros dela, mas eu conversei muito com o Marcelo (Rubens Paiva) e com o próprio Walter Sales.

Teve alguma outra referência? Me baseei muito na minha avó, que era uma mulher origem muito humilde. Ela saiu da roça para trabalhar na casa da família de um médico muito rico e que abdicou muito da sua própria vida para cuidar do outro. Preenchi essas lacunas da história real da Zezé com as história da minha avó.

Pri Helena é a Cacá em 'Volta por Cima'
Pri Helena é a Cacá em 'Volta por Cima' - Reprodução/TV Globo


Você vai ao Oscar? A gente não sabe ainda. Também não sei se eu vou conseguir a liberação da novela, porque a gente vai estar em um período decisivo das gravações da trama da Claudia Souto. Vou torcer muito para comemorar as conquistas em pleno Carnaval. Olha que beleza!

A gente sabe muito pouco sobre a sua vida pessoal. Não costuma falar sobre isso? Não tenho problema. Tenho uma pessoa que eu amo muito e a gente está construindo, assim, uma história bem legal. Acho que não tenho ainda ma estabilidade para falar sobre, para dar nome. Mas eu estou completamente apaixonada.

É do meio artístico? É do meio. (risos). Quando as coisas estiveram menos bagunçadas, a gente se abre. Mas eu não tenho problema nenhum da falar sobre mim.

Para terminar, qual seria para você o final da Cacá? Queria que ela vencesse essa barreira do machismo que existe ali nesse mundo da contravenção e que terminasse chefe de tudo. Não queria a redenção da personagem e acho que seria incrível ter uma mulher nesse lugar.

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