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Televisão

Luisa Micheletti faz paralelo com 'Novo Mundo' e diz que Brasil precisa de independência

Atriz pode ser vista na reprise de trama da faixa das 18h da Globo

Luisa Micheletti no Teatro Faap
Luisa Micheletti no Teatro Faap - Zanone Fraissat/Folhapress
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São Paulo

Luisa Micheletti, 36, passou algum tempo afastada da televisão, mas pode ser vista novamente na reprise de "Novo Mundo", na faixa das 18h da Globo, desde que as gravações de novas novelas foram pausadas por conta da pandemia do novo coronavírus.

Na trama, Micheletti faz uma participação especial como a bailarina Noémie Thierry, que ela considerou um papel desafiador especialmente por precisar ter feito aulas de dança. A atriz vê como oportuna a reprise da trama de Thereza Falcão e Alessandro Marson porque a história dialoga com questões atuais do Brasil –e desvenda as raízes de muitos problemas enfrentados hoje.

"A gente continua com as mesmas questões. Continuamos precisando de uma independência, mas em outros níveis. Temos que ter um estado forte, aprender a se sustentar, a ter capacidade de cuidar do nosso próprio povo”, afirma a atriz.

O que acha de "Novo Mundo" ser reprisada neste momento?
Achei oportuna a edição especial da novela porque ela contextualiza a história do Brasil de um jeito didático e poético. Muitas questões que a gente vive hoje tiveram origem lá atrás. Dá pra gente entender as raízes de muitos problemas que temos hoje. A mistura étnica, cultural, o que a Leopoldina trazia da Áustria de referência estética. A próxima novela, "Nos Tempos do Imperador", fala de dom Pedro 2° (Selton Mello), quando as coisas voltarem ao normal, as pessoas vão poder seguir a história com cronologia.

Quais os desafios da personagem:?
Foram dois grandes desafios: um foi a dança. Noémie era uma bailarina. Por mais que eu tivesse algumas noções, precisei ter muitas aulas. Adoro ter que ultrapassar as barreiras de quem eu sou. Essa é a parte mais legal do meu trabalho. Foi riquíssimo pra mim. Outro desafio foi o sotaque. A maioria do elenco teve que fazer, porque cada personagem vinha de um canto do mundo. No meu caso, o sotaque era francês. Tive que caprichar nessa prosódia. Me jogou para novas demandas do meu corpo e da minha fala.

Quais cenas foram mais marcantes?
Eu quero rever todas (risos). A cena que deu mais trabalho foi a da dança. E a mais bonita, que marcou mais, foi a cena da gravidez. Pra mim, como atriz, foi muito importante. Caio Castro é um ator que joga muito junto. A presença dele foi essencial. Achamos uma conexão verdadeira entre um casal que sabe que não vai ficar junto, mas que está esperando um filho. Foi uma cena muito bonita de fazer.

O que percebeu no público após a volta da novela?
Acho que as pessoas têm muito carinho por essa novela. Fomos recebidos bem na época e desta vez. Essa novela é leve, tem humor, tem romance, e tem mensagens importantes para o Brasil hoje.

O que mudou da estreia em 2017 para os dias de hoje?
Acho que três anos depois, tudo mudou, mas nem tanto. A gente continua com as mesmas questões. Continuamos precisando de uma independência, mas em outros níveis. Temos que ter um estado forte, aprender a se sustentar, a ter capacidade de cuidar do nosso próprio povo.

O que levou desse trabalho?
Com a personagem, em si, tivemos uma convivência meio rápida. Mas o processo de trabalho me ensinou muito. Principalmente na prosódia e na função dessa personagem na trama. A questão de ela ser uma não-nobre, num reino ao qual ela não pertence e o que significa isso em questão de arquétipo de personagem.

Como ficou o contato com a equipe?
Eu fiquei muito amiga da Joana Antonaccio, que era assistente de direção e agora é diretora. Até hoje temos contato e conversamos sobre muitas coisas. A equipe inteira é maravilhosa. Diretores e elenco, todo mundo muito legal.

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