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Marta Suplicy diz que mulher deve ter autonomia financeira: Nunca pedi dinheiro para comprar um sapato

Ex-senadora falou que pensou em se candidatar à Presidência

Marta Suplicy
Marta Suplicy - Karime Xavier/Folhapress
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São Paulo

A ex-senadora Marta Suplicy, 74, disse que aconselha às suas netas sobre a importância da mulher ser independente financeiramente.“Eu digo para as minhas netas que o mais importante para a mulher é ter autonomia financeira".

Para exemplificar, ela citou uma situação que viu a sua mãe passar. "Teve um dia em que ficou claro para mim, que eu não queria ser igual a minha mãe. Eu a vi pedindo dinheiro ao meu pai para comprar um sapato branco e ele respondeu que ela já tinha. Olhei aquilo e falei: ‘Eu, na vida, pedir dinheiro a alguém para comprar um sapato? Nunca”.

As declarações foram dadas ao programa Sensacional, de Daniela Albuquerque, que vai ao ar nesta quinta-feira (16), às 22h45, na RedeTV!

Marta, que já foi prefeita de São Paulo e ministra do Turismo e da Cultura, tem três filhos, os músicos Supla e João, e o advogado André, e seis netos: Teodoro, Bernardo, Felipe, Rafael, Laura e Maria Luiza.

Na entrevista, a política e sexóloga falou também que os três filhos, fruto do seu casamento de 36 anos com o vereador Eduardo Suplicy, 77, não gostam de política. "Eles têm horror. Como o PT era um partido iniciante, as campanhas eram feitas em casa, então, acho que eles foram um pouco prejudicados nesse sentido. Teve um dia em que o Eduardinho, o Supla, falou que não aguentava mais a situação. No dia seguinte, acordou e fez as malas para ir para casa dos meus pais. Demorou uns 15 anos para voltar”, lembra.

“Estava um inferno aquela casa. Achei que ele era um menino decidido", complementou. Marta comentou, ainda, que chegou a pensar em ser presidente do Brasil. “Já passou pela minha cabeça, quando eu ainda não tinha noção das coisas”, disse.  

No ano passado, a ex-senadora, que atuou por mais de 30 anos na política, anunciou o fim de suas atividades no cenário político. "A vida é um ciclo e estou encerrando um, o da vida pública, isso de ter uma agenda marcada do momento em que acorda até a hora de ir dormir. Tive, por muitos anos, essa vida enlouquecida. Hoje faço o que quero", afirmou.

No programa, Marca lembrou também da época em que trabalhava na televisão e que, inicialmente, nunca tinha pensado em entrar na política. Nos anos 1980, ela apresentou um quadro sobre comportamento sexual no programa TV Mulher, na Globo. "Político, em casa, era o Eduardo. Como eu era da TV, o PT, que já era o partido do Suplicy, queria que eu me candidatasse. Quem está na televisão tem muita chance. Eu falava: 'Não, faço outras coisas'. Até que comecei a perceber que o que eu fazia no programa tinha um limite", relatou.

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