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Justiça pede readequação do horário de programa apresentado por crianças no SBT

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No processo que causou o afastamento dos apresentadores mirins Matheus Ueta e Ana Julia do matinal "Bom Dia & Cia" (SBT), a Justiça pediu a readequação de horário do programa, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

O despacho, atendido pela emissora nesta terça-feira (14), foi emitido por Flavio Bretas, mesmo juiz que na semana passada impediu a participação do ator Matheus Braga, 13, na estreia do espetáculo "Memórias de um Gigolô", de Miguel Falabella.

A atração foi apresentada nesta quarta por Silvia Abravanel, filha de Silvio Santos e diretora do núcleo infantil da emissora. Em seu perfil no Facebook, ela avisou por volta da meia-noite que comandaria o programa "devido a um impedimento da Justiça".

De acordo com o TRT, tramita no Juízo Auxiliar da Infância e Juventude um pedido de alvará de autorização de trabalho para as crianças. O processo corre em segredo de Justiça.

O caso foi encaminhado ao MPT (Ministério Público do Trabalho), que emitirá parecer. Só depois disso, o juiz poderá conceder o alvará, permitindo assim o retorno dos apresentadores ao programa.

Crédito: Reprodução Matheus Ueta e Ana Julia, apresentadores do "Bom Dia & Cia"
Matheus Ueta e Ana Julia, apresentadores do "Bom Dia & Cia"

Procurado, o SBT informou que respeitou o despacho da Justiça e entrou com recurso para reverter a medida. Sobre a carga horária de Matheus e Ana Julia, a emissora informou que o "Bom Dia & Cia" vai ao ar das 9h às 11h15, com inserções das crianças ao vivo apenas a cada meia hora.

No Facebook, Silvia afirmou que se solidariza com as mães "que sabem que o trabalho na TV, por mais que exija um tempo das crianças, não tira o principal foco dos pequenos, que é os estudos".

CRIANÇA NO TEATRO

A produção de "Memórias de um Gigolô" também vem buscando reverter a sentença de Bretas em segunda instância.

O argumento para a proibição da participação do ator mirim da estreia da montagem, que aconteceu na sexta-feira (10), foi a presença de suposta linguagem inadequada, que poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico do jovem ator.

Falabella, protestou nesta terça (14) contra a decisão. "Uma das razões alegadas foi de que usava a palavra masturbação no texto, e isso poderia prejudicar o desenvolvimento psíquico dos menores", disse.

"O teatro, senhor juiz, muito pelo contrário, ensina esses dois jovens talentos a dominar a língua, a se expressar com clareza, a aguçar o raciocínio e a olhar o mundo com os olhos da poesia. E o teatro musical, ainda por cima, os ensina música."

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