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Adriana Esteves acha que o público pode se identificar com vilã invejosa de 'Babilônia'

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Três anos depois da icônica Carminha, Adriana Esteves volta a interpretar uma vilã em "Babilônia".

Mas, se em "Avenida Brasil", sua megera tinha como alvo a enteada, dessa vez ela será tanto vítima quanto algoz da outra vilã da trama.

Desde jovem, sua personagem, Inês, cultiva uma inveja quase obsessiva por Beatriz (Glória Pires).

As duas passam anos sem se ver depois que Beatriz casou com um homem rico e foi morar na Europa.

O reencontro acontece quando ela retorna ao Brasil, viúva e noiva de outro milionário, e fica marcado por um crime.

Flagrada por Inês nos braços do amante, Beatriz é chantageada pela ex-amiga.

Pressionada, ela assassina o amante e joga a culpa em Inês que, sem saída, recua e vai com o marido e a filha para Dubai.

"Não conheço uma pessoa no mundo que nunca teve uma amizade tóxica", disse Adriana. "Algumas pessoas tiveram apenas uma, outras tiveram várias, outras atraem esse tipo de amizade."


Para a atriz, é interessante que a novela fale sobre inveja, um assunto que ela considera pouco discutido na dramaturgia apesar de ser inconsciente e frequente nas pessoas.

A atriz não se lembra de ter tido uma amizade complicada como a que une Inês e Beatriz, mas, quando perguntada se já havia passado por algum episódio com um fã invejoso ou com algum admirador, lembrou-se de uma situação que aconteceu quando apresentava um espetáculo teatral, há alguns anos.

"Todos os dias sentava na plateia um homem com um buquê de rosas", contou. "Nunca me entregava as rosas, nunca mandava alguém me entregar."

"Aquilo foi uma época em que a gente ficou bastante preocupada e a produção começou a investigar para ver o que estava acontecendo", disse. "Poderia ser um gesto de amor e carinho, mas ele tava me assustando."

"A produção levou ele para conversar, para saber o que tava acontecendo, mas ele ficou intimidado e não voltou", revelou. "Era esquisito todo dia aquela mesma pessoa sentada no lugar com as flores."

Em tempos em que as vilãs são mais amadas do que odiadas, a atriz ainda não sabe que tipo de sentimento sua personagem pode gerar nos telespectadores.

"Inveja é um sentimento que ninguém assume", avaliou. "É muito difícil, para nós, seres humanos, falar sobre inveja. Para mim, é muito interessante falar em uma novela sobre um assunto com o qual as pessoas podem se identificar", afirmou. "Pode ser catártico."

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