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Acusado de pedofilia, Fernando Pavão terá desconfiança até da mulher em "Pecado Mortal"

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Uma polêmica promete chamar a atenção em "Pecado Mortal", próxima novela da Record. Como o próprio nome sugere, temas pesados serão abordados na estreia de Carlos Lombardi na emissora de Edir Macedo --e a pedofilia está entre eles.

Carlão (Fernando Pavão), dono de uma escola infantil, será acusado de cometer crimes sexuais contra crianças e tentará provar sua inocência com a ajuda de sua mulher, Patrícia (Simone Spoladore), que é promotora de justiça.

No início, ela desconfiará do marido e o casamento dos dois ficará abalado, mas posteriormente a promotora fará tudo o que puder para ajudá-lo.

"É realmente um choque, você perde o chão. Você está sendo acusado de uma coisa que não fez, as pessoas começam a olhar feio na rua, te julgar ", diz o ator. "Tem casos reais que aconteceram num passado próximo, mas os acusados foram inocentados."

O ator, que é pai, contou ter ficado sensibilizado com o tema e o sofrimento de Carlão. "Não é uma coisa fácil de se fazer, para quem tem filho, não é. É algo muito nojento e pesado. Quando a gente tem filho, a gente consegue dimensionar um pouco mais isto."

No entanto, na opinião de Fernando, a polêmica não é pesada demais para uma novela e ele acredita que o assunto não será rejeitado pelos telespectadores.

"É uma coisa atual, que acontece. Estamos tratando de ficção. A gente subestima muito o público, que está muito à frente do que a gente imagina", avalia. "Estas questões, dependendo de como você aborda, são muito bem recebidas."

A teledramaturgia brasileira já abordou a pedofilia em outras ocasiões. Em "Chamas da Vida" (2008) --também na Record--, Lipe (André Di Mauro) se correspondia secretamente com adolescentes e chegou a estuprar Vivi (Letícia Colin).

Na Globo, em "América" (2005), Rique (Matheus Costa), um menino de oito anos, se encontrou com um amigo virtual de 12 anos chamado Bill (Jaime Leibovitch), que, na verdade, era um homem de 58 anos. Na época, a autora Glória Perez afirmou que a cena era um alerta às famílias sobre os perigos da internet.

DESCAMISADO

Sempre presentes nas tramas de Carlos Lombardi, os descamisados também serão destaque em "Pecado Mortal" e Fernando Pavão será um deles.

Para estar à altura, o ator contou que começou a malhar assim que soube de sua escalação no elenco.

"Tive um personal [trainer] e vim me preparando desde janeiro. Foi um trabalho progressivo. A gente estava visando o condicionamento físico para aguentar [as cenas] e não ter lesão, nem correr o risco de me machucar."

No entanto, Fernando acabou se ferindo durante a gravação, pois a novela terá muitas cenas de luta.

"Machucado em cena é frequente, mas não tem problema, pois isto dá credibilidade e veracidade ao trabalho. Você não consegue fazer uma cena de ação sem o mínimo contato, do contrário fica 'fake'. [Lesionei] dois dedos e as costelas."

Fernando vai aparecer em diversas vezes sem camisa em cena e isto não o preocupa. Segundo o ator, Carlão é um homem muito mais profundo, que não se resume em um descamisado.

"[Estou] absolutamente tranquilo, porque o personagem é um hippie convicto, clássico, viveu toda a loucura dos anos 1960, não tem pudor algum em relação ao corpo", conta. "O figurino dele é uma bermuda, um jeans e um chinelo. Está no contexto do personagem. É tão a cara dele que quando coloco a camisa, eu estranho. O personagem tem essa leveza, não tem esse pudor."

Sobre o aumento do assédio feminino, o intérprete de Carlão disse realmente esperar que isto aconteça. "Espero que sim, porque é um termômetro."

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