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Televisão

"Tem muito Félix por aí", diz diretor de "Amor à Vida"

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Wolf Maia, 55, comentou o sucesso do vilão Félix em "Amor à Vida" (Globo).

O diretor da trama confirmou em entrevista ao jornal "O Dia" que chegou a discutir com o autor Walcyr Carrasco, 61, por causa do personagem.

"Eu lutei muito para que ele tivesse uma vida conjugal realizada", afirmou. "Esse foi meu ponto de discussão com o Walcyr, porque eu achava que Félix e a mulher deveriam ter uma história de amor, mesmo ele sendo gay ou bi e fazendo essas loucuras."

"A complexidade do personagem está justamente nesse somatório de coisas que ele tem", avaliou.

"E só Deus sabe como surge essa mulher na vida dele", disse. "É isso o que o espectador fica tentando entender."

"Nesse ponto, o Félix é moderno", afirmou. "O Félix já é o gay contemporâneo, que está no meio de uma sociedade, principalmente paulista, que é quase careta."

Ele comparou o personagem com outros gays de tramas dirigidas por ele, como o Lulu (Eri Johnson) de "Barriga de Aluguel" (1990) e o Crô (Marcelo Serrado) de "Fina Estampa" (2011).

"Cada um desses três personagens faz um retrato muito claro de suas épocas e desses comportamentos excepcionais na sociedade", analisou.


"Tem muito Félix por aí, sim, principalmente em São Paulo", afirmou o diretor. "E a gente toca muito nesses personagens para justamente ampliá-los, libertá-los e trazê-los para o conhecimento popular."

Sobre o fato de a novela não exibir beijo gay, ele disse: "Já foi o tempo em que a gente precisava expor fisicamente para provocar, sacudir e fazer falar".

"Hoje em dia, o resultado do que esses personagens provocam é muito maior que essa polêmica", afirmou. "Não sou careta, mas fica complicado exercer um controle dentro de casa entre a televisão e a criança."

"Não que não se deva falar, mas cada um tem sua família e sabe o momento correto para isso ser conduzido", disse. "É delicado eu expor o beijo gay ou uma violência física agressiva, um assassinato agressivo."

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