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Record faz ajustes e se diz pronta a enfrentar a Globo

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Demissões, cortes de orçamento, terceirização, redução de salários. Na Record, o momento é de apertar os cintos. Até anteontem, 5% dos cerca de 6.000 funcionários das bases da rede em São Paulo e no Rio foram demitidos. E os cortes não devem parar por aí.

Em entrevista à Folha, o vice-presidente da Record, Honorilton Gonçalves, 53, explica que a rede está "cortando na carne" para se adequar ao atual cenário econômico do país, que anda estagnado.

Com 15 anos de Record, o braço direito de Edir Macedo, proprietário da emissora e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, fala que postergou as demissões por dois anos e que agora os programas devem ser "rentáveis".

Crédito: Zanone Fraissat/Folhapress O vice-presidente da Record, Honorilton Gonçalves
O vice-presidente da Record, Honorilton Gonçalves

Bispo licenciado da Universal, Gonçalves, que é conhecido por ser o maior poder atuante diariamente na emissora, nega que a Record tenha contraído dívidas por causa dos salários milionários de alguns contratados.

E afirma: "A Record nunca esteve tão pronta para enfrentar a Globo".


Folha - O que significa esse atual momento da emissora?
Honorilton Gonçalves - Esta é a fase mais importante da Record, pois estamos preparando a empresa para ser ainda mais competitiva, para o caminho da liderança. Temos a preocupação de adequar a rede à realidade atual do país e do mundo.

A Record está no vermelho?
Todas as contas estão pagas, tudo está em dia. Estamos nos adequando à realidade econômica do país, que, diga-se de passagem, não está boa. Foram necessários ajustes em produtos e isso passou pelo corte de empregos. Essa não é nossa vocação, nossa vocação é contratar.

A Record injetou no mercado uma nova filosofia de TV. Existia uma acomodação muito grande, com uma emissora absoluta e as outras conformadas. Acho que a Record trouxe para o mercado oportunidade para que profissionais fossem reconhecidos.

Quando o RecNov foi construído (central de estúdios da emissora no Rio, ao custo de R$ 500 milhões), profissionais de outras emissoras foram contratados pelo dobro ou triplo do que ganhavam. A Record não gastou demais?
Esses casos de pessoas que vieram ganhando o dobro ou triplo são pontuais. A realidade do RecNov é a realidade do mercado. Nós tínhamos duas novelas no ar, agora temos uma só. Mantivemos as pessoas contratadas esperando uma reação do país, do mercado, que infelizmente não aconteceu.

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