Ana (Fernanda Vasconcellos) e Rodrigo (Rafael Cardoso) não conseguiram resistir à paixão e se permitiram um beijo apaixonado em "A Vida da Gente". Mesmo tentando evitar, o fato acabará se repetindo, mas desta vez com flagra de Manuela (Marjorie Estiano).

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Em um bate-papo com o "F5", a autora da novela, Lícia Manzo, 46, disse que, ainda assim, os antigos namorados não terão um caso.

"Eles não vão começar a ter um caso, mas não vão conseguir driblar essa paixão. O passado mal resolvido exige muito deles. Volta e meia eles se deparam com uma coisa incontrolável, mas não diria um caso. Mas eles irão ter um encontro que a Manuela irá flagrar", afirmou Lícia.

Provocado pela própria mãe, Eva [Ana Beatriz Nogueira], o encontro acabará destruindo o casamento de Manu e Rodrigo e afastará as irmãs.

"Ela [Eva] é um personagem disfuncional. Não chamaria nem de maldade, nem carência ou trauma. O que define, por exemplo, a psicopatia? É a dificuldade de enxergar o outro como outro. Você só enxerga você. E ela vê a filha como objeto, alguém que está ali para satisfazer as suas expectativas", definiu a autora.

Para quem quiser saber o que Eva ainda aprontará, Lícia faz suspense. "Vai ter que assistir à novela pra ver o que vai acontecer com ela".

Sem querer dar muitos detalhes sobre o destino de Manu, Rodrigo, Ana e Lúcio (Thiago Lacerda), Lícia diz apenas que muita água vai correr entre os quatro e que não haverá qualquer tipo de vingança entre as irmãs.

"Jamais. Elas são personagens íntegras, éticas", disse. "E ninguém roubou nada de ninguém. A vida é mais complexa do que a gente supõe. As situações exigem da gente soluções não prontas, mas ninguém ali agiu de má fé. Muitas vezes na vida você acaba magoando as pessoas que mais ama mesmo tentando acertar e fazer o melhor", explicou.

"A Vida da Gente" é a primeira novela de Lícia, que tem mais intimidade com o teatro. Mas parece que a autora está tirando de letra.

"Está sendo uma experiência muito positiva, talvez por ser essa novela, que partiu de um encontro muito feliz entre texto, elenco e direção. A equipe é muito boa. É uma experiência surpreendente, pois nunca foi objetivo meu, não era algo que eu buscava".

Sobre ser comparada a Manoel Carlos, por abordar conflitos familiares, Lícia se sentiu lisonjeada.

"Fico lisonjeada porque é um dos autores que eu mais gosto, mais assisti e acho que ele foi uma influência sim para 'A Vida da Gente'".