Ludmilla diz que 'Cobra Venenosa' foi escrita há três anos e para exaltar as mulheres
Cantora lançou nesta sexta sua nova música e o clipe dela
As especulações foram muitas, mas quem achou que a música “Cobra Venenosa”, lançada nesta sexta-feira (3) pela cantora Ludmilla, 25, era uma resposta à mais recente briga entre ela e Anitta, 27, está enganado. A funkeira afirma que a canção foi escrita há três anos e com a ideia de valorizar as mulheres.
"Minha inspiração foi exaltar as mulheres que estão ao nosso lado, fortalecendo, acolhendo e apoiando. Esse bonde, ao qual me refiro na música, é o antídoto para o veneno que vemos no dia a dia. Sempre achei que essa música tinha potencial, mas todas as minhas expectativas foram superadas", diz a cantora ao F5 por email.
E olha que essas expectativas foram superadas antes mesmo do lançamento. Há algumas semanas, Lud mostrou um trecho da nova música aos fãs, o que gerou especulações sobre uma possível alfinetada em Anitta, mas também a fez ultrapassar a marca de 15 milhões de visualizações na soma de suas redes sociais.
Na quarta passada (1°), a cantora divulgou a capa de sua nova música de trabalho na qual aparece abraçada com uma cobra. Nela está estampado ainda o nome do DJ Will 22, como colaborador da faixa.
Ludmilla, que está passando a quarentena com a família, afirma que a inspiração para produzir tem oscilado bastante nesse período. Apesar disso, ela não desliga totalmente do trabalho. Além de todos os preparativos para o lançamento e clipe de "Cobra Venenosa", que incluiu um "apagão" em seu Instagram, ela não esconde a ansiedade para sua estreia como atriz.
"Estou muito animada. Vai ser demais. Por enquanto, estou fazendo o treino tático, de posicionamento, e estou muito animada. Quero logo entrar no set, provar o figurino [risos]”, afirma ela, que já foi confirmada na segunda temporada de “Arcanjo Renegado” (Globoplay), em que viverá uma policial.
Enquanto isso não acontece, Lud aproveita a família. Além da mulher, Brunna Gonçalves, 28, ela afirma estar curtindo a mãe, Silvana, 46, para quem fez uma festa surpresa na semana passada, e está mais perto da avó.
ESPERANÇA
Além do isolamento social, a quarentena também tem sido marcada por protestos antirracismo, que acabaram se espalhando por todo o mundo, após a morte do segurança americano George Floyd durante uma abordagem policial. Questionada, Lud afirma que vê toda essa mobilização "com muita esperança".
"O caminho é nos mobilizarmos e aliar a transformação a isso. Por exemplo, com quantas pessoas pretas você convive? É a regra do olhar para o lado: você olha para o lado e vê quantas pessoas pretas estão na empresa em que você trabalha, nos lugares que você frequenta. E pensar depois como os pretos podem estar cada vez mais presentes nesses espaços."
"É uma desconstrução e reconstrução diária", continua a cantora, reafirmando que o racismo está no dia a dia das pessoas pretas e que ela sente isso na pele. "Entendo cada vez mais a importância do espaço que eu ocupo e quero aprender cada vez mais e usar minha voz para buscar a mudança e a transformação que quero ver."
Ludmilla chegou a denunciar ataques racistas que recebeu nas redes sociais, há algumas semanas. "O povo preto é potência e resistência. O racismo criminoso é uma tentativa de tirar nossa humanidade. Só que a gente não vai se calar e não vai abaixar a cabeça", disse a funkeira na ocasião.
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