Música

Universal reconhece erro ao ocultar incêndio e diz que deve transparência aos artistas

Reportagem do NYT mostrou que empresa ocultou desastre por 11 anos

Cher está entre os artistas que tiveram parte das gravações originais destruída em incêndio
Cher está entre os artistas que tiveram parte das gravações originais destruída em incêndio - Anthony HArvey-16.jul.2018/AFP
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Nova York

A Universal deve "transparência" para seus artistas após uma reportagem do jornal The New York Times revelar que um incêndio destruiu cerca de 500 mil gravações originais em 2008, afirmou o diretor-executivo da companhia através de um documento interno.

Lucian Grainge emitiu essa nota sobre o incêndio que atingiu um depósito da empresa em Hollywood com gravações originais de diversos artistas de várias épocas, cuja perda não foi revelada na época, vindo à tona somente agora por conta da reportagem.

Gravações de estrelas como Billie Holiday, Louis Armstrong, Bing Crosby, Ella Fitzgerald, Sonny e Cher, Joni Mitchell, Eric Clapton, Elton John, Janet Jackson, Nirvana e R.E.M. desapareceram nas chamas, segundo reportagem do jornal The New York Times. 

"Serei claro: devemos transparência a nossos artistas", disse Grainge, que assumiu a presidência da empresa três anos após o incêndio, segundo o documento publicado pela Music Business Worldwide, uma entidade especializada na indústria musical. "Devemos respostas a eles. Garanto que a alta direção dessa companhia, começando por mim, reconheça isto", acrescentou. 

A notícia da perda desse tesouro musical, um material único emocionou a indústria e provocou indignação pela conduta da Universal ao ocultar o desastre por 11 anos. Howard King, um renomado advogado do mundo do entretenimento de Los Angeles, está preparando ações em nome de vários artistas e deve levá-las à Justiça na próxima semana, segundo informações passadas à AFP. 

As gravações originais são a base para reedições lucrativas de obras de artistas musicais. Grainge afirmou que as informações sobre o incêndio provocaram "especulações", e que o fato de seus artistas e autores não terem informações corretas sobre isso é "totalmente inaceitável". 

AFP
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