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A Band’Aiyê faz um Carna­val fora de época nesta quarta (29) à tarde, no Sesc Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O tradicional grupo afrobaiano, cuja missão é valorizar a cultura, a religião e o povo negro, traz o Bloco Ilê Aiyê, recheado de músicas autorais, à capital.

"Montamos um show no­vo. Está bem dançante, equilibrado”, diz o regente da banda, Carlos Kehindê, 33.  No Carnaval deste ano, o grupo levou uma multidão às ruas de Salvador e cele­brou o centenário de Nelson Mandela, presidente da Áfri­ca do Sul (1918-2013).

Além do repertório deste Carnaval, o conjunto tam­bém toca as tradicionais “Que Bloco É Esse?” e “Depois
que o Ilê Passar”.  A primeira, aliás, será tema do bloco no ano que vem, uma referência à sua própria história e aos 45 anos de sua formação.

“É uma sensação de dever cumprido saber que a gente consegue levar o empodera­mento negro, elevar a au­toestima e valorizar a nossa estética”, diz Kehindê.