Tony Goes

Estrelas analógicas migram para a web, mas resultados são tímidos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O último contrato de Adriane Galisteu com um canal de TV aberta expirou em 2012. De lá para cá, a apresentadora sugeriu projetos a diversas emissoras e até emplacou alguns deles —mas só em canais pagos.

LEIA TAMBÉM:

Kéfera vai conseguir sobreviver fora da internet?

Após conquista do Palmeiras, fãs cobram striptease de Adriane Galisteu

Em busca de um público mais amplo, Adriane engatou uma parceria com a produtora Endemol  Shine e criou seu próprio canal no YouTube. No ar desde janeiro, o "Galisteu Sem Filtro" tem mais de 117 mil inscritos, e seus vídeos semanais costumam atingir entre 20 e 30 mil visualizações cada.

É pouco se comparado aos milhões alcançados por Kéfera ou Jout  Jout, que se tornaram célebres na rede sem o auxílio de outras mídias. "Elas pegaram a onda certa, na hora certa", afirma Adriane, que ainda não teve retorno financeiro com a nova empreitada.

De fato, seus números são bem menores que os de muitos vloggers que visam o público adolescente. Mas podem causar inveja aos de outros famosos que migraram da TV para a internet.

Marília Gabriela não quis renovar com o SBT nem com o GNT, onde teve programas de entrevistas até o ano passado, para ser dona de seu nariz no YouTube. Lançado em maio passado, o canal Marília Gabi Gabriela tem cerca de 70 mil assinantes. No entanto, alguns de seus vídeos mal passam de duas mil visualizações.

As cifras também são decepcionantes para Rafael Cortez (ex-"CQC", da Band, hoje no "Vídeo Show", da Globo), cujo canal "Love Treta" tem 60 mil inscritos e um número de visualizações por vídeo muito variável: de cinco mil a 144 mil, dependendo do assunto. Ou Regina Volpato (ex-apresentadora de "Casos de Família", do SBT), com cerca de 18 mil inscritos no canal que leva seu nome e vídeos que raramente ultrapassam quatro mil visualizações.

Um caso ainda mais dramático é o de Silvia  Poppovic: longe da TV desde 2010, ela chegou a pouco mais de dois mil inscritos em seu canal no YouTube, "Já Pensou Nisso?", e o mantém inativo há mais de um ano.

"Essas pessoas chegaram meio atrasadas à web, e muito com a cara da televisão", diz a jornalista Cristina Padiglione, do site " TelePadi". "Por mais que esses veículos se complementem, existe uma cisão entre eles. Muitos da nova geração não têm o hábito de ver TV, e sequer conhecem algumas de suas estrelas. Mas frequentam o YouTube, que já tem suas estrelas próprias."

Nada disso desanima Adriane Galisteu. "Independentemente do que acontecer comigo, o YouTube não sai da minha vida. É mais uma forma de eu me comunicar, principalmente com um público que vê pouca TV aberta", diz ela. "Já estamos até querendo lançar um segundo vídeo inédito por semana".

(Este texto foi produzido durante o 1º Curso de Treinamento Sênior da Folha, do qual Tony Goes participou)

Tony Goes

Tony Goes (1960-2024) nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu em São Paulo desde pequeno. Escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. Ele também atualizava diariamente o blog que levava seu nome: tonygoes.com.br.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias