Acusações de pedofilia podem acabar com a reputação do diretor de 'X-Men'
Volta e meia, um escândalo sexual sacode Hollywood. A bola da vez é o diretor Bryan Singer, da série "X-Men". Ele é acusado de ter drogado e estuprado várias vezes um rapaz menor de idade, durante festinhas de embalo ocorridas há quase 15 anos.
Singer é homossexual assumido. Seus filmes rendem tanto dinheiro que ninguém se importa com sua orientação sexual, mas a simples suspeita de pedofilia pode ser o suficiente para destruir sua carreira.
Foi o que aconteceu com Michael Jackson. O falecido "rei do pop" jamais foi condenado por nenhum tribunal, mas a fama de predador de criancinhas colou nele mais do que sua pele branqueada. E certamente contribuiu para que ele precisasse de analgésicos cada vez mais fortes para conseguir adormecer: deu no que deu.
Jackson também tinha contra si o estilo de vida excêntrico e as inúmeras plásticas que desfiguraram seu rosto. O público já o percebia como desajustado. Bryan Singer tem a vantagem de ser desconhecido pelo espectador comum.
Mas talvez não o seja mais por muito tempo. O site "TMZ", especializado em espalhar fofocas sobre celebridades, já publicou fotos do diretor ao lado de mocinhos sorridentes. O que não prova nada, é claro, mas também não lhe alivia a barra.
O caso contra Singer é cheio de furos. Por quê sua suposta vítima, Michael Egan, levou tanto tempo para procurar a Justiça? Ainda mais quando se sabe que, em 2000, ele processou os anfitriões de uma festa onde também teria sido violentado. Egan levou uma bolada na época, e jamais mencionou Singer. Só agora que se lembrou das violências sofridas?
Três outros executivos de Hollywood também estão sendo processados por Michael Egan por abuso sexual. Isto faz desconfiar de que ele está atacando o maior número de alvos possíveis ao mesmo tempo, na tentativa de lhes arrancar alguns milhões de dólares e compensar sua fracassada carreira de ator.
E ainda há o suspeitíssimo advogado de Egan, Jeff Herman. O sujeito já havia tido sua licença cassada na Flórida, por conduta desonesta. Agora, ao lidar com um caso que envolve figuras do "showbiz", optou por uma estratégia hollywoodiana: convocou duas coletivas de imprensa num hotel de luxo em Beverly Hills, para criar o máximo auê em torno de seu cliente.
As possíveis motivações escusas de Egan e Herman não inocentam Bryan Singer, é claro. Há todo um folclore sobre orgias embaladas a drogas onde jovens candidatos ao estrelato trocam favores e outras coisinhas mais para ganhar um bom papel. O famoso "teste do sofá" é uma realidade.
Por enquanto é impossível prever um desfecho para o "affair" Bryan Singer. A vida do diretor pode realmente ficar complicada se aparecerem mais denúncias. Aí, ele vai precisar da ajuda dos mutantes de seus filmes para salvar sua reputação.
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