Renato Kramer

Tem garanhão, megera, miss e travesti na nova trama das sete!

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Alguém tem alguma dúvida de que a nova novela das sete vai agradar? Tem "de um tudo"! Tem até a Xuxa cantando em parceria com Daniel Jobim (neto de Tom Jobim) a clássica "Garota de Ipanema" na abertura!

Já no primeiro capítulo foi apresentada uma enxurrada de personagens pitorescos e divertidos. E não faltaram os 'belos e românticos' também.

Marília Pêra entrou em cena toda poderosa, num elegante vestido vermelho, cabelos quase louros com muitas luzes, grandes óculos escuros e saltos muito altos - lembrando toda a empáfia de Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada". Ela é Maruschka, rica empresária casada com Alberto (Herson Capri - que até bem pouco tempo estava casado com Natalie Lamour, em Insensato Coração!) - cujo filho Rubinho (Victor Pecoraro) está noivo, para desgosto da mãe, da arquiteta Cláudia (Giovanna Antonelli), que é filha de sua empregada Regina (Nívea Maria).

Para dar início ao conflito, a megera Maruschka e o marido querem derrubar o "Covil do Bagre", nome de uma comunidade coordenada por Sarita (Sheron Menezes), cujo terreno lhes pertence por direito, para construir mais uma de suas lojas de luxo.

A comunidade conta com a ajuda do jovem advogado Vicente (Ricardo Pereira), que é apaixonado por sua ex-namorada Lucena (Grazi Massafera). Ele resolve ir até a Colômbia para tentar impedir o casamento de sua amada e, coisas do destino, é no aeroporto - no check-in para essa viagem, que ele conhece a arquiteta Cláudia que viaja a trabalho. "E assim começa a nossa história", diz o autor Miguel Falabella, que deu uma de narrador no capítulo de ontem.

Afora o romance central da trama, diversos núcleos já foram pincelados no capítulo de abertura da novela. Tem o encrenqueiro e talentoso casal Felizardo (Diogo Vilela) e Locanda Barbosa (Stella Miranda), cujo filho, o 'garanhão' Agenor (Fiuk), está de olho na filha de Dona Íntima (Elisângela) - a eterna candidata à miss Belezinha (Bruna Marquezine).

É no "Covil do Bagre" que fica o salão de beleza de Ana Girafa (Luis Salém), que ajudou a criar as suas primas Marisol (Mary Sheyla) e Sarita (Sheron Menezes). Perto dali fica a casa de Mãe Iara (Cláudia Jimenez), uma médium de araque que dá consultas sob a orientação do primo Joselito (Bruno Garcia) - a quem atribui a morte de sua mãe.

Já houve até um concurso de beleza completo no primeiro capítulo. Belezinha estava concorrendo à "Garota Carioca" mas, segundo Dona Íntima, houve 'marmelada' e a menina ficou em segundo lugar. "Se não fosse por isso, esse título já era nosso!", afirmou Íntima com a convicção de uma verdadeira mãe de miss.

No camarim, o mulherengo Agenor esperava por Belezinha para consolá-la. Quando estavam dando 'Aquele Beijo', chega Dona Íntima e tem um ataque. Como teria qualquer mãe de miss que se preze!

Cenas do início da demolição do "covil", que quando real é algo sempre muito triste e pesaroso, na ficção é levado naturalmente para o lado cômico, num tom gaiato. Impagável ver Dona Girafa correndo pela rua, de peruca e salto alto, tentando salvar o secador gigante do seu salão.

Teve até uma participação mais do que especial. Marcélia Cartaxo, atriz paraibana premiada como Melhor Atriz no Festival de Berlim (1986), com o filme "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral, baseado no livro homônimo de Clarice Lispector. E ela recebeu o troféu das mãos de um dos ícones do cinema italiano: Gina Lollobrigida!

Em um rápido, mas intenso, momento dramático, Damiana (Marcélia Cartaxo), uma irmã de Felizardo que está desaparecida há anos, passa mal e vem a falecer. Toinha (Bia Nunes) que cuida de Damiana, sabendo que o seu irmão é muito rico e não a vê há muito tempo, resolve passar-se por ela e tentar um futuro melhor.

E isso foi só o começo!

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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