Renato Kramer

'Não tem que ser ingrato, nem criar inimizade', diz Ceará sobre saída do 'Pânico'

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Wellington Muniz, o Ceará (ex-Pânico), foi o convidado do "The Noite" (SBT) na estreia da temporada 2015 nesta segunda-feira (2).

O humorista comentou que após doze anos finalmente ele teria um domingo para curtir com a família.

"Doze anos...mas foi muito bacana, aprendei muito lá ["Pânico"], mas domingo era trabalho: chegava lá às 19h para gravar os merchandising, depois entrava ao vivo às 21h e chegava em casa às 5h!", conta Ceará.

"Depois do programa, à 0h30, tinha uma reunião com todo o elenco e aí... Doze anos na TV, mais alguns no rádio, 18 anos! Tempo, né? Tempo. Mas foi bom, aprendi muito", explicou.

Sobre os projetos futuros, Muniz explicou que estava de férias e que agora começa a produção de um programa de auditório no Multishow.

"Eu gosto muito de gente, de estar perto do público, de improvisar, entrevistar", revelou.

"Acho que no segundo semestre, mas as coisas na televisão mudam muito. O Multishow está dando muita oportunidade para galera que está começando e para essa outra galera que tá há muito tempo fazendo TV aberta, está todo o mundo migrando para o canal".


Ele explicou que a decisão da mudança surgiu de uma necessidade de se renovar.

"Eu entendo que em um grupo que tinha 16, 17 apresentadores [com as panicats], eu não iria encontrar mais espaço. Quando nasceu a minha filha, em agosto do ano passado, eu tomei essa decisão. Procurei os caras e falei que 'gostaria de sair, por favor, muito obrigado'. Estou à disposição para todas as gravações, quando puder me liberar, me libera".

E afirmou que não ter deixou desafetos em sua antiga trupe: "Eu saí na boa, saí pela porta da frente. Eu acho que você não tem que ser ingrato, nem criar inimizade. O ego não pode falar mais alto do que o talento".

Ao ser questionado por por Danilo Gentili o que dava mais trabalho, o "Pânico", o novo programa ou ser pai, o humorista foi rápido: "Tudo dá trabalho, mas a minha filha não dá muito trabalho!".

Muniz se tornou pai da Valentina em agosto de 2014 com sua mulher Mirella Santos.

"É gostoso. Eu estou aprendendo, brinco muito com ela. Minha filha trouxe uma vida nova para mim!".

Ao final, o apresentador enfatizou que apesar de ser considerada uma imitação "manjada", a imitação de Silvio Santos de Muniz é a que todo o mundo tem um carinho muito especial.

"Sou muito grato a Deus porque quando eu comecei, me inspirei nos grandes, nos caras que já estavam na TV imitando há muito tempo: no Serginho Leite, que já foi, no Tom Cavalcante, no Escova, a galera da Rádio Jovem Pan. Eu acho que o público foi quem escolheu", disse.

Sobre o caso da autorização e posterior desautorização do dono do SBT, o humorista revelou pela primeira vez —segundo ele— o que aconteceu.

"Tinha um editor no 'Pânico' que imitava o Silvio muito bem, melhor do que eu, e ele colocou voz na imagem do Silvio com um solene: 'Vai se f****'! Não fui eu, estou falando isso pela primeira vez aqui. Aí virou esse tornado todo, mas já tá tudo ok, está liberado, ele já me liberou e posso fazer tranquilo."

"Você acabou de imitar ele aqui no SBT!", retrucou Gentili.

"Você tem certeza que isso vai para o ar?", brincou Muniz.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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