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Globo acusa Maria Zilda de querer 'enriquecer ilicitamente' com processo contra a emissora

OUTRO LADO: Procurada para comentar caso, defesa da atriz não respondeu aos contatos

Maria Zilda Bethlem é acusada pela Globo de querer enriquecer com ação contra emissora - Estevam Avellar/Globo
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Aracaju

Na visão da Globo, "beira a má-fé" a ação que Maria Zilda Bethlem abriu na Justiça por causa da venda para terceiros das novelas em que ela atuou e de um suposto pagamento injusto que ela receberia pelas reprises das mesmas. A coluna teve acesso ao processo completo, onde consta o pleito inicial da atriz, revelado pela coluna em outubro do ano passado, e a defesa da emissora.

Maria Zilda foi procurada por meio de seu advogado para comentar o assunto, mas ele não respondeu às quatro tentativas de contato feitas por telefone pela coluna na semana passada. A emissora respondeu apenas que não comenta processos judiciais em andamento.

Sem novos trabalhos na empresa desde 2016, quando participou de "Êta Mundo Bom", Maria Zilda exigiu que a Globo explicasse à Justiça os valores que recebeu de trabalhos antigos nos últimos anos. Na ação, a emissora respondeu que, sempre que solicitada, mostrou sem maiores problemas os contratos e os recibos de pagamentos que fez à atriz.

Segundo os advogados da Globo, um documento anexado pela atriz no processo, que mostra os valores pagos entre 2018 e 2024, teria sido repassado a ela pelo jurídico da própria emissora. A empresa afirmou que ela recebeu R$ 218 mil entre 2018 e 2024 e disse que a atriz quer "enriquecer ilicitamente" com o processo. Esse recibo, anexado à ação, mostra que os pagamentos eram referentes a reprises no Globoplay e vendas nacionais e internacionais.

A emissora também avaliou que Maria Zilda faz uma acusação "injusta" ao afirmar na ação que as obras de que participou foram "vendidas para terceiros" sem a autorização dela. A Globo argumentou que isso estava previsto em todos os contratos de trabalho assinados pela atriz.

"Beira a má-fé a afirmação de que as obras audiovisuais teriam sido 'ilicitamente licenciadas a terceiros'. Afinal, os contratos anexados aos autos confirmam a existência de acordo expresso entre as partes quanto à possibilidade de exibições, reexibições e licenciamentos, sem qualquer limitação", defendeu a emissora.

A Justiça ainda não anunciou uma previsão de quando irá julgar o processo. O caso corre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O LADO DE MARIA ZILDA

Na manifestação inicial da ação, Maria Zilda diz que foi contratada da Globo por 40 anos e que, durante o período em que ficou no ar, não havia uma legislação específica ou algo em contrato que estipulasse um valor para a disponibilização de reprises de TV por assinatura ou streaming. Por causa disso, na visão dela, os direitos conexos ficaram difíceis de calcular.

Outra queixa é que os valores pagos nos últimos anos seriam baixos para a realidade do mercado. Em 2020, durante uma live no Instagram com a colega Maria Padilha, Maria Zilda reclamou publicamente da Globo pelos pagamentos feitos pelas reprises no canal Viva. "Sabe quanto eles me pagaram por toda a novela 'Selva de Pedra'? Faço questão de dizer: R$ 237,40", afirmou, referindo-se à novela de 1986 que era exibida na TV paga naquela ocasião.

A ideia da atriz é que sua ação abra precedente para outros atores que reclamaram dos pagamentos nos últimos anos. Nomes como Mateus Solano, Tuca Andrada, Sergio Marone, Nívea Stelmann e até Sônia Braga já se queixaram da Globo pelas quantias pagas pelos direitos conexos de reprises.

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Cobre diariamente os bastidores das novelas, do telejornalismo e da mídia esportiva. Tem como titular o jornalista Gabriel Vaquer

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