Antes de Erika Hilton, perfil de Sérgio Maurício ofendeu Luiza Trajano em rede social

Não foi apenas a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) que foi alvo de comentários de uma conta atribuída ao narrador Sérgio Maurício, da Band, no X (ex-Twitter). A empresária Luiza Helena Trajano, dona da loja de varejo Magalu, foi alvo de ofensas dias antes.

Em 16 de fevereiro, sem alarde, Sérgio Maurício respondeu a uma postagem que informava, em tom sério, uma brincadeira que Luiza Trajano fez com Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Ela pedia que ele não comunicasse mais aumento de juros.

O fato ocorreu em um evento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), no último dia 14 de fevereiro. Na postagem, Sérgio disse: "Vai dar meia hora de b... dona do Magalu, que rima com c...".

A coluna apurou que o fato chegou ao conhecimento de Luiza Trajano, que ainda estuda se tomará alguma providência. Procurada através de sua assessoria, Luiza preferiu não comentar sobre o assunto.

Procurado no início da semana, Sérgio negou ao F5 que o perfil seja dele e afirmou que "não é a primeira vez que pessoas de forma maliciosa criam perfis falsos e/ou reproduzem falas inverídicas usando a minha imagem".

Segundo ele, alguém se apossou de sua foto e de seu número de telefone para fazer o perfil. O narrador alegou a mesma coisa para a direção da emissora. Ele foi afastado das transmissões de pré-temporada da Fórmula 1, que ocorreram nesta semana, após ofensas a Erika Hilton virem à público.

"Não conheço e nada tenho contra ou a favor da deputada Erika Hilton. Fiquei sabendo disso através da minha chefia. O mais incrível é que tenho que me defender disso. Estou tomando as providências jurídicas", comentou.

O perfil contava com mais de 30 mil seguidores. Nele, eram postadas fotos de bastidores das transmissões da Band com frequência. A conta era divulgada por contas oficiais da Band desde sua contratação pela emissora, em 2021.

Para a colunista Mônica Bergamo, da Folha, nesta quarta (26), Erika diz que vai processar o narrador. "Acabei tomando ciência dessa conduta, que na minha avaliação é criminosa. Irei para cima com toda a força, juridicamente, para que haja uma responsabilização por mim, pela comunidade LGBTQIA+, pelas pessoas trans e contra a violência", afirmou. A Band não comenta o caso.