Os sete pecados capitais no 'BBB'
O pecado é um erro religioso e, na Bíblia, desde Adão e Eva, todo mundo erra. No "BBB" o erro já começa na entrada, pelo pecado da preguiça: ganhar fama e R$ 1,5 milhão num spa de três meses.
Em privação alimentar, quando a comida é boa a gula vem desproporcional e tóxica. Participantes matam e morrem pela boca. Luxúria significa incontinência sexual, e o sexo sonoramente explícito de Talita e explosivo-facial de Aline agridem rebanhos de pessoas sexualmente em crise.
Avareza no "BBB" significa resguardar-se, mostrar pouco de si para o público, e inexpressividade é punida com eliminação. A ira é o combustível da audiência, que pede barracos memoráveis, mas insultos e xingamentos não costumam fazer vencedores.
Restam a inveja e a soberba para salvarem os participantes à beira do precipício moral. Vaidosa, Amanda não aceitou ser rejeitada. Milhares invejaram o pênis de Fernando, e por isso (e muito pouco) ele quase foi expulso nesta terça (10).
O público aceita limitação intelectual mas não incompetência. Aceita ambição, não desrespeito. O que esperar das próximas semanas? O jogo sexual dos casais, Talita irritada em busca de alguém para chamar de mau, Angélica afrontando seus adversários, Adrilles e Mariza divertindo o público, e Cézar construindo um perfil independente, falso-ingênuo e extremamente popular.
Nas lentes de aumento que traduzem vícios bobos em pecados capitais, a audiência é sádica, tira aos poucos grandes jogadores do "BBB" e, ao mesmo tempo, exige que o jogo melhore. Quer um carnaval sem quarta-feira de cinzas. É sambar para não pecar.
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