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Cinema e Séries
Descrição de chapéu Itália

A máfia é um assunto muito interessante mesmo, diz ator de 'Família Soprano'

Michael Imperioli viveu Chris Moltisanti na obra; agora, ele produz minissérie sobre ascensão e queda de cinco famílias de gângsteres de Nova York

Michael Imperioli: 'Como ítalo-americano, você sempre tem que estar ciente de que pode ser escalado para papéis de mafioso' - Amy Sussman/AFP
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São Paulo

No finalzinho do ano passado, Michael Imperioli relembrou algumas produções marcantes sobre a máfia italiana ao lado dos pais. Ele assistiu aos três filmes da franquia "O Poderoso Chefão" na despedida de 2024 e diz ter renovado a sensação de que trata-se de uma verdadeira obra-prima.

Não que o assunto seja novidade para ele. Na verdade, nem um pouco. Imperioli, 58, é mais conhecido por atuar em "Os Bons Companheiros" (1990) e "Família Soprano" (1999-2007) —ele ganhou o Emmy de melhor ator coadjuvante em 2004 pela interpretação de Christopher Moltisanti na produção. Mais recentemente, esteve na segunda temporada de "The White Lotus" como o produtor de Hollywood Dominic Di Grasso.

"Como ítalo-americano, você sempre tem que estar ciente de que pode ser escalado para papéis de mafioso", conta ele ao F5. Agora, ele sai da função de ator para ser produtor em uma nova série sobre a máfia italiana.

Em "Poderosos Chefões: As Cinco Famílias da Máfia", que estreia no sábado (25) no canal History, ele se aprofunda na origem, ascensão e queda das cinco grandes famílias de gângsteres de Nova York: Bonanno, Colombo, Gambino, Genovese e Lucchese.

Ao longo dos três episódios, serão exibidas gravações de áudio de chefes da máfia, entrevistas com agentes da lei e do FBI e ex-membros de algumas gangues.

A minissérie é baseada no livro "Cinco famílias: a ascensão, o declínio e o ressurgimento dos impérios mafiosos mais poderosos da América", de Selwyn Raab. O ator afirma que o assunto desperta fascínio, "inclusive em pessoas de 20 anos", porque aborda sociedades secretas, rituais e códigos de conduta próprios, além de senso de honra e regras.

"Falar sobre a máfia sem alertar para as consequências é irresponsável. Violência, criminalidade, desejo de poder, amor e traições, tudo isso coexiste." Imperioli é de uma família italiana que imigrou para Nova York.

Durante a entrevista, o artista conta que assistiu ao primeiro filme de "O Poderoso Chefão" (1970) quando era criança, ao lado da avó. Segundo ele, a matriarca percebeu conexões entre a produção e a imigração da família, com alguns parentes envolvidos na violência. O artista mesmo diz ter fascínio em como a figura do imigrante se transforma para a de um mafioso e como tudo cresce a partir disso.

"A máfia tem também uma questão cultural. Não apoio nada criminoso e violento, mas o poder dessas pessoas e o jeito que guardam segredos e criam essas famílias...sempre foi algo que me senti compelido a aprender mais e assistir", diz. "Sempre achei curiosas aquelas primeiras histórias de imigração e de tentativa de sobreviver aqui."

"'Sopranos' mostrou que essas pessoas têm vidas normais, vão a academias, restaurantes, humanizou a máfia, ao mesmo tempo que conta histórias terríveis", afirma. "É reflexo do mundo porque mostra as consequências desse estilo de vida, da criminalidade, pessoas morrendo, perdendo tudo o que é importante para elas."

Para ele, parte do fascínio do público vem do carisma dos ítalo-americanos, formado pelo ótimo senso de humor, aparência e vestuário. "Italianos são pessoas fascinantes, por isso que essas histórias continuam a ser contadas. Quem gosta de 'Poderoso Chefão' e 'Companheiros' vai agora saber a história por trás."

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