Repercussão do hit cubano 'Patria y Vida' vai virar documentário
Música se tornou o hino dos protestos que sacudiram Cuba, em julho
O cantor cubano Yotuel Romero, 45, e sua esposa, Beatriz Luengo, 38, estão trabalhando em um documentário sobre a repercussão do hit "Patria y Vida" que se tornou o hino dos protestos que sacudiram a ilha em julho, anunciou a Exile Content Studio, responsável pela produção.
"Nós da Exile acreditamos na criação de conteúdo que inspire os latino-americanos a agir para criar mudanças sociais no mundo", disse Daniel Eilemberg, diretor de conteúdo da produtora, em um comunicado.
"O documentário explorará como a música, cujo título contradiz o slogan 'Patria o Muerte' da revolução cubana dos anos 1950, desencadeou um movimento que o governo cubano está tentando reprimir e investiga como a música tem sido um catalisador para mudança social na história moderna", acrescenta o texto.
O rap "Patria y Vida" foi premiado como Canção do Ano e a Melhor Canção Urbana no Grammy Latino entregue na semana passada em Las Vegas.
Interpretada por Yotuel Romero, Gente de Zona, El Funky, Descemer Bueno e Maykel Osorbo, presos em Cuba, a música viralizou na internet e foi acessada quase 10 milhões de vezes no YouTube.
"Essa música pertence ao povo", disse Yotuel Romero em entrevista à AFP em Los Angeles antes da cerimônia de premiação.
"Este é o primeiro Grammy que o povo cubano ganha", disse Alexander Delgado, da dupla Gente de Zona, após receber o gramofone.
Enquanto se apresentavam na cerimônia, os músicos pediram a libertação do colega Maykel Osorbo, "o primeiro preso político a ganhar um Grammy".
Em março deste ano, foi anunciado o primeiro documentário sobre a música, produzido pelo diretor do videoclipe de "Patria y Vida", Asiel Babastro.
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