Carnaval

Como será o Baile do Copa, o Carnaval dos ricos e famosos no Rio

Salões terão estampa animal das colunas ao teto, tigre gigante e modelos mascarados

Camila Queiroz se prepara para o Baile do Copa de 2020

Camila Queiroz se prepara para o Baile do Copa de 2020 Divulgação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Saem (quase todas) as estátuas gigantescas de isopor e entram muitas estampas de pele de animal e manequins com figurinos exóticos. Assim o cenógrafo Daniel Cruz planeja trazer mais sofisticação à decoração do Baile do Copacabana Palace, que reunirá uma lista de ricos e famosos neste sábado (22) no icônico hotel do Rio de Janeiro sob o tema "Abra suas Asas".

"O hotel sentiu a necessidade de mudança, então o que eu espero é que tenha cara de mudança. Vai ter a cara do Carnaval, mas um Carnaval elegante, menos caricato e coloridíssimo”, resume Cruz, que assumiu o posto do cenógrafo Mário Borriello, responsável pelas três últimas edições da festa. 

O decorador fará sua estreia neste ano no cenário do tradicional baile de Carnaval carioca, cuja primeira edição aconteceu em 1924, seis meses após a inauguração do hotel. Cruz cuida há mais de uma década da decoração do baile de Réveillon do Copacabana Palace, além de ter assinado a cenografia de várias de suas festas juninas e de Halloween.  

Para dar vida ao tema deste ano, "Abra suas Asas", Cruz buscou inspiração no jogo do bicho e em seus 25 animais, que estarão por todos os cantos dos salões. Para representar a liberdade e diversidade propostas pelo tema, ele criou um caminho que leva os foliões de jaulas douradas à farra dos felinos. 

O salão de entrada da festa representará uma "floresta contemporânea", com mais de 2.000 folhas de acetato dourado penduradas em duas árvores de cinco metros de altura. Modelos com máscaras de papel machê representarão os 25 animais e circularão pelo espaço, interagindo com os convidados. 

"Não será um animal tradicional, com rabo. É um homem de terno cinza com cara de rato, outro homem com terno rosa e cara de porco, uma mulher com máscara de zebra com um vestido luxuoso listrado de preto e branco", exemplifica o decorador.

Haverá ainda um pequeno palco com uma parede forrada de asas em tons de dourado e azul-turquesa pensada exclusivamente para ser cenário de fotografias. "Hoje em dia a palavra de ordem é instagramável", explica Cruz, que investiu também em uma iluminação com menos LED e tons mais quentes, mais favorável para os cliques. 

Nos salões frontais, a floresta dá vez a muita estampa animal. As colunas e paredes foram forradas com padrões de onça, zebra, borboleta, entre outros bichos. "Tudo muito colorido, para não ficar com cara de África", afirma Cruz. Já o teto ganhou forro preto para cobrir o visual branco da arquitetura do hotel e representar uma noite na floresta. 

Croquis (aquarela) que mostram a decoração do Baile do Copa - Divulgação

Nos bufês, que serão acomodados como passarelas, haverá oito manequins com fantasias mais exóticas, descreve o decorador, como uma zebra pink com penteado moicano. A comida, por sua vez, ficará a cargo dos chefs do hotel, Nello Cassese e Luis Guilherme Cirino. No cardápio do open bar, espumante, uísque, vodca, gin e, para aqueles de gostos mais simples, cerveja.

Nas varandas, a inspiração é o animal enjaulado. O espaço foi cercado de grades douradas e terá duas jaulas com modelos de rostos cobertos. Ali, será o palco da apresentação de Serjão Loroza. No salão Nobre, mandalas douradas cortadas a laser representarão moedas com os contornos dos animais e as mesas ganharão arranjos de plumas negras. Os animais do jogo do bicho, da águia ao veado, vão forrar não só as colunas, como também o teto. 

Um painel gigantesco de um tigre convida os foliões a passarem por dentro de sua boca até chegarem ao Golden Room, o mais tradicional dos ambientes do Copacabana Palace. Neste espaço, a música ficará a cargo do Cordão da Bola Preta, com repertório de marchinhas e sambas enredos, e do DJ Papagaio. 

Croquis (aquarela) que mostram a decoração do Baile do Copa - Divulgação

Ali, seis borboletas com três metros de altura cada ostentam asas com estampa de tigre e dividem o palco com um leão de cerca de quatro metros de altura (uma das poucas estátuas de isopor que resistiram na edição deste ano). 

As paredes, claro, seguem forradas com tecido que lembra a pele de felinos, entre eles onça e jaguatirica. Delas, saem pedaços de manequins, braços, rostos, pernas –tudo devidamente forrado de estampa animal. 

"É como se fosse o grito de liberdade. Os felinos estão caçando. Você passou pela jaula, se libertou, abriu suas asas e agora solta suas feras”, explica Cruz, que, para seu próprio figurino, preferiu um tradicional black tie. “Não quis botar asas, já vai ter muita asa nesse baile”, brinca. 

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem