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Celebridades

Kanye West está impedido de entrar na Austrália após lançar música com referência nazista

Ministro australiano cita apologia ao antissemitismo como motivo para vetar cantor do país

Um homem está posando para a foto, usando óculos escuros e uma corrente de ouro. Ele veste uma jaqueta preta de couro e tem um olhar sério. O fundo é composto por painéis em tons de azul e branco.
Veto de Kanye West foi confirmado pelo ministro da Administração Interna Tony Burke - Jean Baptiste/AFP
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São Paulo

O rapper Kanye West está com a entrada barrada na Austrália após o lançamento da polêmica música "Heil Hitler", que foi retirada de plataformas como Spotify, Apple Music e YouTube por fazer referência direta ao líder nazista Adolf Hitler.

O veto foi confirmado pelo ministro da Administração Interna australiano, Tony Burke, que declarou que o país "não vai importar ódio deliberadamente". As informações são da BBC.

Em entrevista à emissora pública ABC (Australian Broadcasting Corporation), Burke confirmou que o governo revisou a situação de West assim que a música foi divulgada. "Meus funcionários reavaliaram o caso depois do lançamento dessa faixa. Ele não possui mais um visto válido para entrar na Austrália", afirmou o ministro. "Se alguém tentar justificar o antissemitismo como algo racional, não vou permitir que essa pessoa entre aqui."

O trecho final da música "Heil Hitler" inclui um excerto de um discurso proferido por Hitler, o que gerou indignação de autoridades, grupos judaicos e milhares de ouvintes ao redor do mundo. Embora o rapper já tivesse visitado a Austrália anteriormente —especialmente por conta de seu relacionamento com a designer australiana Bianca Censori—, essa nova investida musical parece ter cruzado uma linha definitiva para o governo local.

Embora Burke não tenha especificado se a proibição será permanente, ele reforçou a gravidade do conteúdo. "O que não é sustentável é permitir que discursos de intolerância sejam importados. Já temos nossos próprios problemas. Não precisamos importar esse tipo de discurso ofensivo", declarou.

A repercussão negativa em torno da nova faixa de Kanye West não se restringe à Austrália. Mais de cinco mil pessoas assinaram uma petição pedindo que o rapper seja impedido de se apresentar no festival Rubicon, que ocorrerá em julho, na cidade de Bratislava, na Eslováquia.

O documento classifica a presença do artista como uma afronta à memória das vítimas do Holocausto, além de uma glorificação de regimes autoritários.

Organizações como Peace for Ukraine e Cities for Democracy também endossaram a campanha, que pede a exclusão de West da programação oficial do evento. Segundo os organizadores da petição, a presença do rapper seria "um insulto à memória histórica, uma apologia à violência em tempos de guerra e uma degradação de todas as vítimas do nazismo".

Kanye West já acumula diversas polêmicas públicas por seus posicionamentos. Até o momento, ele não se pronunciou sobre a decisão do governo australiano.

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