Karla Sofía Gascón desativa conta no X após resgate de posts antigos: 'Ódio e desinformação'
Atriz indicada ao Oscar afirma ser alvo de campanha: 'não sou perfeita'
A atriz principal de "Emília Perez", filme que tem 13 indicações ao Oscar, afirmou ser alvo de uma campanha de ódio e desinformação após o resgate de tuítes antigos no X, o antigo Twitter.
Depois da grande repercussão, Karla Sofía Gascón desativou a sua conta na plataforma, o que impossibilita o acesso à sua página e postagens. Em um comunicado enviado à publicação americana The Hollywood Reporter, ela afirmou não poder mais permitir que ela e a família sejam afetadas por tais atitudes.
"A pedido da minha família, estou encerrando minha conta no X. Fui ameaçada de morte, insultada, abusada e assediada até a exaustão. Tenho uma filha maravilhosa para proteger, a quem amo muito e que me apoia em tudo."
Nas publicações, a atriz atacou o Islã, George Floyd e as próprias políticas de diversidade do Oscar, entre outras questões.
Karla é a primeira atriz transexual a ser indicada ao prêmio de melhor atriz da Academia. Em comunicado anterior e divulgado à imprensa internacional, ela pediu desculpas pelas postagens e disse que sempre lutou por um mundo melhor.
"Quero reconhecer a repercussão das minhas postagens anteriores nas redes sociais, que causaram dor. Como alguém de uma comunidade marginalizada, conheço muito bem esse sofrimento e sinto muito pela dor que causei. Acredito que a luz sempre triunfará sobre as trevas", concluiu.
Em um dos tuítes, a artista compartilhava opiniões controversas sobre o assassinato de George Floyd, vítima de policiais nos Estados Unidos que se tornou símbolo de luta e provocou uma série de manifestações em relação à violência policial.
"Eu realmente acho que muito poucas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que ainda existem pessoas que consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos", diz ela em uma postagem feita em novembro de 2020. "Ambos estão errados."
Em outra ocasião, também em 2020, Karla questionou o "aumento de muçulmanos" na Espanha, seu país de origem. "Toda vez que vou buscar minha filha na escola, há mais mulheres com o cabelo coberto e saias até os calcanhares. No próximo ano, em vez de inglês, teremos que ensinar árabe."
Comentários
Ver todos os comentários