'Me assumir como trans foi um dos maiores desafios que enfrentei na vida', diz Emma Dumont, de 'Oppenheimer'
O ator continuará usando o nome artístico, mas, na vida pessoal, quer ser chamado de Nick
Intérprete de Jackie Oppenheimer, a cunhada de Cillian Murphy no filme vencedor do Oscar 2024, que conta a história do "pai" da bomba atômica, Emma Dumont, 30, falou pela primeira vez após se assumir uma pessoa transmasculina não binária. "Me assumir como trans foi um dos maiores desafios que enfrentei na vida. Também foi o mais gratificante, de longe", diz o ator, que continuará usando o nome artístico, mas, na vida pessoal, planeja trocar Emma por Nick.
O artista também confirmou, em entrevista ao site Out, que quer ser tratado por "they/them", pronomes neutros em inglês, que em português podem ser traduzidos como "elu/delu". Ela ainda explicou que foi entendendo seu gênero ao longo dos anos. "Vivi em uma casa autoritária por muitas décadas, onde não era seguro ser eu mesmo. Sabia que, aos 13/14 anos, eu não era 'como as outras garotas', sabia que gostava de garotas e sabia que não me sentia bem no meu corpo", contou.
Ele reconheceu que seu trabalho o ajudou nesse processo de autodescoberta. Isso porque, há cerca de 10 anos, interpretou um personagem transgênero e precisou fazer pesquisas para a composição. "Encontrei uma comunidade segura, descobri que era não binário. Agora que me assumi, tenho uma vida que eu só poderia ter sonhado quando criança e ainda consigo interpretar mulheres no trabalho", celebrou. "Eu sou trans. Eu amo ser trans. Nós estamos aqui. Nós sempre estivemos aqui."
Transmasculinas são pessoas identificadas como pertencentes ao gênero feminino no nascimento, mas que se reconhecem como pertencentes ao espectro do gênero masculino. "Não pensei que me assumiria para todos tão cedo, mas prometi a mim mesmo que, se alguém pedisse, eu compartilharia. Alguém me perguntou e eu compartilhei, porque tenho orgulho", disse Emma.
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