Ator mirim JP Rufino presta queixa após sofrer ataque racista na web
'Eca, macaco sambando', disse um internauta ao ator em uma rede social
O ator mirim JP Rufino prestou queixa nesta segunda-feira (19) na delegacia de crimes de internet no Rio. Ele estava acompanhado da mãe, Martha Christina, e de dois advogados.
No último sábado (17), Rufino sofreu um ataque racista em uma rede social enquanto transmitia o desfile da escola de samba Mangueira, ao vivo, na madrugada de sábado (16). O ator foi agredido por um dos seguidores, que postou o seguinte comentário: "Eca, macaco sambando". Quem viu a mensagem primeiro foi o irmão dele, Serginho, que acompanhava a "live" de casa.
"Tomamos providências, sim, estivemos na delegacia de crimes de internet e fizemos o registro da queixa", disse Martha ao UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, por telefone.
A mãe do jovem ator da Globo revelou que o suposto agressor entrou em contato com a família pedindo para que o post em que Rufino denuncia o ataque racista fosse retirado do ar. Ele alegou que o seu perfil havia sido hackeado.
"Às 10h, ele pediu por inbox para que JP retirasse o post, mas é complicado. Como é que de madrugada [o perfil dele] estava hackeado e de manhã, não. Ele vai ter que provar isso, já que o 'J' foi vítima de um crime", disse Martha.
Rufino disse que ficou chateado com o ataque, mas que segue com a cabeça erguida e quer deixar uma mensagem."Quando a minha mãe me mostrou a mensagem com a ofensa, eu fiquei surpreso, mas a gente já está tomando as providências.. Não quero causar mal a ninguém, mas também não quero ser maltratado", disse ele.
"Racismo é crime, tem que denunciar, temos que lutar pela igualdade. Capacidade não está na cor da pele. Somos todos iguais e não podemos nos deixar se abalar por isso. Precisamos levantar a cabeça e seguir em frente", completou.
HOMENAGEM DO IRMÃO
Nesta segunda (19), JP Rufino publicou um vídeo em que o seu irmão, o também ator Serginho Rufino, canta alguns trechos de "Redemption Song", clássico de Bob Marley, em sua homenagem. "Libertem-se da escravidão mental. Ninguém além de nós mesmos pode libertar nossas mentes", diz um trecho.
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