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Alexandre Frota diz que Justiça que o condenou é a mesma que não prende Lula

O ator e empresário Alexandre Frota
O ator e empresário Alexandre Frota - Reprodução/Instagram/alexandrefrota_oficial


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O empresário e ator Alexandre Frota, 54, afirmou nesta quarta-feira (20) que não vai remover as mensagens de suas redes sociais que façam menção ao juiz Luís Eduardo Scarabelli até que seja notificado judicialmente.

"Boa Dia, primeiro preciso ser intimado. Até lá não vou retirar nada", escreveu Frota, em sua conta no Instagram. 

O ator criticou ainda a Justiça brasileira que o condenou, mas libertou políticos e demais criminosos, como Suzane  von  Richthofen, condenada por mandar matar os próprios pais e Anna Carolina Jatobá, que cumpre sentença pelo assassinato de sua enteada Isabella  Nardoni, que foram beneficiadas com a saída temporária de fim de ano. 

"Marcelo Odebrechet, não prende Lula, solta o goleiro Bruno no Dia Internacional da Mulher, solta a Suzane  Richthofen para comemorar o Dia das Mães, é a mesma Justiça que solta Ana Carolina Jatobá para comemorar o Dia das Crianças, é a mesma Justiça que a Ré que me xingou de estuprador saí feliz pela porta da frente. É a mesma Justiça que quer condenar o Cunhado da Ana Hickman por defender a família. É a mesma Justiça que é conivente com o errado. Quer dizer que ser chamado de Ativista Gay agora não pode."



CONDENAÇÃO

A Justiça de São Paulo determinou nesta terça-feira (19) que Alexandre Frota remova todas as publicações de suas redes sociais que façam menção ao juiz Luís Eduardo Scarabelli.A  decisão foi da juíza Tonia  Yuka  Kôroku, da 13ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo. O não cumprimento da liminar resultará em multa diária de R$ 1.000 até o limite de R$ 200 mil.

Em outubro passado, Frota publicou mensagens e vídeos nas quais dizia ter sido "julgado por um juiz ativista, do movimento gay. Ele não julgou com a cabeça, julgou com a bunda." A crítica do ator se referia a decisão de Scarabelli que o condenou por danos morais. 

Frota havia processado a ex-ministra Eleonora Menicucci, que chefiou a Secretaria de Política para as Mulheres no governo Dilma Rousseff, por tê-lo criticado. Em maio de 2016, Menicucci criticou o ministro da Educação, Mendonça Filho, por receber o ator. 

Ela afirmou que Frota "não só já assumiu ter estuprado mas também faz apologia do estupro". A ex-ministra se referia a declarações dele a um programa de TV em que relatava relações não consentidas com uma mãe de santo. Em sua decisão, Scarabelli afirmou que Menicucci apenas exerceu seu direito de crítica.


"Não há dúvidas de que o ator Alexandre Frota utilizou de sua condição de pessoa pública e nacionalmente conhecida, fazendo uso de palavras totalmente descabidas e ofensivas na tentativa de retaliar o magistrado. Isso tudo diante da sua discordância com a decisão tomada pelo Colégio Recursal do Juizado Especial Cível Paulista", afirmaram Igor Tamasauskas e Débora Cunha Rodrigues, advogados responsáveis pela defesa do juiz. 

A defesa do juiz Scarabelli também conseguiu liminar para proibir a veiculação dos links e vídeos com as publicações feitas pelo ator ou qualquer outro que contenha as ofensas dirigidas ao juiz. 

De acordo com a decisão desta terça, Frota também deve remover os posts ofensivos e publicar no lugar uma mensagem dizendo que as postagens foram retiradas do ar por determinação judicial. Além disso, o ator também deve ler o referido texto no programa de rádio que participa e a replicar dez vezes mais o número de compartilhamentos realizados nas redes sociais. 

Para o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Jayme de Oliveira, a decisão restabelece a dignidade da magistratura e do magistrado atingido por exercer sua função com zelo e dedicação. 

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