Em “O Quarto de Jack”, Brie Larson, 26, cria o filho Jack (Jacob Tremblay) sozinha no cativeiro, onde fica presa por sete anos até a prisão de seu captor, pai do menino.

Fora das câmeras, a atriz indicada ao Oscar também dispensa a influência paterna. Ela foi criada pela mãe depois do divórcio dos pais, quando tinha dez anos, e confessou não falar com o pai há uma década.

"Quando a lei me deixou parar de visitá-lo, eu agarrei a oportunidade”, explicou. “Tentei entendê-lo e entender a situação enquanto era criança, mas ele não se ajudou. Não acho que ele quisesse ser pai", revelou em entrevista à edição americana da revista "Elle" de março.

"Eu não me sentia confortável em expressar todas as coisas com as quais eu não lidava na minha vida ---toda a raiva, meus medos e minhas vulnerabilidades--- porque sentia que era a norma correta de conduta em público, ser perfeita, me vestir bem, escovar o cabelo e aceitar os costumes", filosofou.

Fã

Favorita ao Oscar de melhor atriz ---já levou o Globo de Ouro e o prêmio do Sindicato dos Atores---, ela agora tem todos os holofotes voltados para si. Apesar disso, Brie nega ser favorita, mas se delicia em conhecer os nomes graúdos do cinema em eventos que se multiplicam antes da cerimônia da Academia, que acontece no próximo dia 28.

"Você tem esses jantares e essas rodas de conversa com eles ---eu acho que estou alucinando", conta. "A maioria deles eu não conhecia antes, então foi como não estar mais na mesa das crianças", brinca a atriz de "O Quarto de Jack", que estreia no Brasil no dia 18 de fevereiro.

Brie cita como exemplo seu encontro com Kate Winslet, indicada na categoria de coadjuvante por "Steve Jobs". "Ela me viu, atravessou a sala, me agarrou com intensidade e disse 'eu estou tão feliz por você'. Eu a adoro."

Bem-vinda à mesa dos graúdos, Brie.