Galã de Hollywood, um dos raros atores a emplacar três indicações ao Oscar consecutivas e ainda dono do título de "o homem mais sexy do mundo" pela revista "People" (em 2011).

Apesar da "boa onda" nos cinemas, Bradley Cooper, 40, decidiu se arriscar e interpretar algo completamente diferente. O ator estrela a nova versão de "Homem Elefante" nos palcos de Londres, após temporada bem-sucedida na Broadway—que lhe rendeu uma indicação ao Tony.

Baseado na historia real de Joseph Merrick, cuja doença rara provocava deformidades monstruosas, a história já foi adaptada para o cinema, em filme cult de David Lynch. Até Michael Jackson contribuiu para tornar a historia ainda mais conhecida, citando sua "conexão" com o "Homem Elefante".

Surpreendentemente, Cooper interpreta o personagem no palco sem qualquer ajuda de próteses ou maquiagem. Para mostrar a metamorfose pela qual o personagem passa, o ator contorce o rosto e o corpo durante a maior parte da peça. A mudança está somente na voz e no jeito de andar.

Simples? Nada disso. "É brutal", disse Cooper aos jornalistas em Londres. "Nas ultimas semanas da peça em Nova York, eu comecei a sentir dor nas costas e na minha boca", confessou, afirmando ainda que até o seu rosto ficou levemente alterado pelo esforço para interpretar o papel.

"Os músculos no lado esquerdo da minha face se tornaram mais fortes. Um lado ficou até maior", acrescentou o astro de "Sniper Americano", que revelou ainda certa preocupação: "Eu preciso de massagens todos os dias por causa da minha postura. Eu tenho 40 anos".

Com excelentes críticas, a performance de Cooper foi exaltada como uma das melhores entre as adaptações da peça.

"Foi inacreditável estudar o sofrimento que ele teve de viver. Coisas simples como ir ao banheiro", explicou Cooper, que afirmou não ter feito nenhuma preparação específica para o papel. "O Homem Elefante estava comigo todo o tempo."

A temporada londrina de "O Homem Elefante" vai até 8 de agosto.