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Mulher de Clooney causa furor na Grécia ao defender devolução de esculturas do Partenon

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A nova esposa do ator de Hollywood George Clooney, a advogada de direitos humanos Amal Alamuddin Clooney, fez um apelo passional nesta quarta-feira (15) pelo retorno a Atenas das esculturas de mármore do Partenon, num gesto que os gregos esperam dar um novo impulso a uma campanha nacional.

A britânica nascida no Líbano, parte da equipe legal que assessora o governo grego em sua tentativa de garantir o retorno das esculturas que se encontram na Grã-Bretanha, causou furor na mídia durante uma visita de três dias à capital grega, que incluiu reuniões com o primeiro-ministro Antonis Samaras.

Também chamados de Mármores de Elgin, que compunham aproximadamente metade do friso de 160 metros no Partenon, encontram-se abrigados no Museu Britânico, que se recusa a devolver as peças, apesar das acusações do gregos de que a remoção do friso foi uma ato de vandalismo.

Amal disse em uma entrevista à imprensa, no Museu da Acrópole, esperar que um entendimento amigável permita ao mundo apreciar as esculturas em seu local de origem.

"Estamos aqui por causa de uma injustiça que tem persistido por tempo demais", disse ela.

"Um cavaleiro tem sua cabeça em Atenas e seu corpo em Londres. O deus grego Poseidon tem seu torso dividido entre a Grécia e a Grã-Bretanha", acrescentou.


Amal, que se casou com Clooney em uma bela cerimônia repleta de famosos em Veneza no mês passado, chegou a Atenas na segunda-feira sob grande assédio da mídia grega, que exaltou o "furacão Amal" em ação para recuperar os tesouros nacionais.

Ela já representou anteriormente o ex-primeiro-ministro da Ucrânia Yulia Tymoshenko na Corte Europeia de Direitos Humanos, e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em processos de extradição.

A Grécia intensificou sua campanha para recuperar as esculturas desde a inauguração de um moderno museu aos pés da Acrópolis em 2009, alegando que isso derrubaria o argumento de que Atenas não teria um local adequado para preservar as peças.

As esculturas foram removidas em 1801 por Thomas Bruce, sétimo conde de Elgin e embaixador britânico para o Império Otomano, que as vendeu ao governo britânico.

O Museu Britânico, que recebeu as esculturas "em caráter perpétuo", recusa-se a devolvê-las sob o argumento de que foram adquiridas por Elgin por meio de um contrato legítimo com o Império Otomano, que então controlava a Grécia.

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