O diretor neozelandês Peter Jackson, responsável pelas trilogias "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit", explicou em entrevista porque decidiu "esticar" o primeiro livro de J. R. R. Tolkien sobre a Terra-média e transformá-lo em três filmes.

O fato gerou polêmica com parte dos críticos e do público, que acusaram Jackson de fazer mais filmes do que o necessário para contar a história de "O Hobbit", livro de 1937.

"É quase como se fosse uma ilusão de ótica, 'O Hobbit'. Você olha o livro e ele é fininho, e dá para fazer um filme fininho também. Você pode correr pela história como Tolkien faz. Se você estudar 'O Hobbit', ficará surpreso com o número de cenas memoráveis descritas de maneira tão rápida, de tirar o fôlego, sem pausas para diálogo", afirmou Jackson, em entrevista à revista "Rolling Stone".

"Esse não é o tipo de filme que gostaríamos de fazer", afirmou.

Em dezembro, Jackson lançou "O Hobbit - Uma Jornada Inesperada", primeira parte das aventuras do hobbit Bilbo Bolseiro. Em 2013, será a vez de "O Hobbit - A Desolação de Smaug", e, em 2014, ele encerrará a série com "O Hobbit - Lá e de Volta Outra Vez".

De acordo com Jackson, ele ainda se lembra de uma "grande sequência" de eventos do livro, que, ao reler, ficou surpreso em descobrir que é narrada em apenas duas páginas.

O cineasta afirmou também que não foi uma decisão comercial, porque o pedido para transformar "O Hobbit" em três filmes partiu dele, não do estúdio.

"Nós tínhamos personagens que queríamos desenvolver. Foi uma decisão criativa", concluiu.