Celebridades

Missy Elliott e Jay-Z são os reis das participações em discos alheios

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"Featuring", "feat." ou apenas "ft.", tanto faz. Hoje é muito difícil um CD de pop internacional que não traga, na lista de canções na parte de trás da caixinha, essa palavra ou suas abreviações.

A tradução para o português pode ser "apresentando". O termo é o símbolo de uma cultura de participações especiais que invadiu a música pop com toda a força.

A Folha organizou um ranking dessas colaborações, dentre lançamentos relevantes do pop internacional em 2011. E o campeão de canjas em discos alheios foi Jay-Z.

O marido de Beyoncé apareceu em oito álbuns em 2011, além do disco que fez em parceria com Kanye West, "Watch the Throne", um dos melhores lançamentos do ano.

Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

Nos dez mais "aparecidos" da temporada, todos são nomes do hip-hop ou do pop negro. Não é coincidência. Essa febre nasceu na cena rap.

Dr. Dre, nome seminal da velha escola do hip-hop, comenta o fenômeno em um trecho de sua autobiografia.

"Primeiro, era fácil fazer isso nos shows, rappers só precisam de um microfone e nada mais, não são como os roqueiros e suas toneladas de equipamento. Segundo, era uma necessidade. Fazer rap era uma guerrilha, tínhamos que cavar nosso espaço, a união nos fortalecia."

Quando o mercado fonográfico se abriu para o rap, os duetos continuaram nos estúdios. O próprio Jay-Z fez sua estreia, aos 20 anos, como convidado no single "Hawaiian Sophie" (1989), do rapper The Jaz.

Ampliando a pesquisa para as carreiras dos artistas que se destacam nas participações, Jay-Z já colaborou em 64 gravações alheias. Fica atrás da campeã Missy Elliott.

Com uma carreira que também estreou com uma participação, mas em 1993, a cantora recebe créditos em 92 músicas de outros artistas. E não sossega. Já anunciou sete participações gravadas em discos que vão sair neste ano.

Os dois artistas são produtores --Jay-Z tem até um selo. Assim, muitas vezes ele e Missy entram em discos de seus protegidos, para dar uma força em suas carreiras.

Quem começa a imitá-los é Justin Timberlake. Ele é sócio do produtor Timbaland em um selo e procura ajudar seus contratados.

Por isso é que a ainda desconhecida holandesa Esmée Denters, descoberta por ele, tem o astro como convidado em seu álbum de estreia.

Timberlake é um caso especial. Sua consagrada carreira solo tem só dois álbuns, que somam 26 faixas. Seu nome aparece em 37 colaborações. Sim: ele canta mais nos discos alheios que nos seus.

Em uma época de crise econômica mundial, com venda de discos minguando, aparecer o máximo possível virou a nova regra no pop.

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