Boxeadora argelina que teve gênero contestado muda visual; veja antes e depois
'A aparência não revela a essência de uma pessoa', escreveu ela em suas redes
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A boxeadora argelina Imane Khelif, 25, atual campeã olímpica do peso meio-médio, mudou o visual. A atleta que nos Jogos teve o gênero contestado publicou em suas redes sociais o resultado da transformação de cabelo e maquiagem.
O salão que proporcionou a ela a mudança de estilo publicou um texto sobre a argelina. "Para conseguir sua medalha, ela não teve tempo a perder em salões de beleza ou fazendo compras. Ela nunca sentiu a necessidade de se adequar a esses padrões para afirmar sua existência", diz parte da postagem.
"Sua mensagem é muito mais profunda: a vestimenta não faz um monge e a aparência não revela a essência de uma pessoa. Ela pode ser feminina e elegante quando quer, mas no ringue não precisa de enfeites ou salto alto. Você só precisa de estratégia, força e socos", pontuou.
Imane foi atacada nas redes sociais desde o início das Olimpíadas de Paris-2024 após a IBA (Federação Internacional de Boxe) divulgar que ela e outra boxeadora, a taiwanesa Lin Yu-ting, que também conquistou o ouro em Paris, não teriam passado em testes de gênero em 2023.
Ela sofreu severas críticas e chegou a ser referida como uma mulher trans por internautas e por figuras públicas de diversos países.
Os ataques partiram também de bolsonaristas como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Mario Frias (PL-SP), que afirmam que foi normalizado "homem bater em mulher".
"Tudo o que está sendo dito sobre mim nas redes sociais é imoral. Eu quero mudar a mente das pessoas ao redor do mundo," disse Khelif na ocasião.
Em 2023, Khelif foi desqualificada do Campeonato Mundial após falhar em um teste de elegibilidade de gênero.
Após toda a polêmica nos Jogos, Khelif contratou advogados para abrir uma queixa por assédio cibernético no Ministério Público de Paris.