Um drink colocado em um cano de PVC com ralo viralizou nas redes sociais e tem gerado debate entre os internautas sobre a inovação na forma de servir a bebida e questionamentos se o "copo" é tóxico. Trata-se do "Estou na Fossa", drink servido pelo recém-inaugurado bar Tropicanos, no bairro da Aldeota, em Fortaleza.

Paulo Henrique Ribeiro dos Santos, um dos sócios da casa, garante que o cano de PVC usado não é tóxico e já consultou médicos. Mas para evitar polêmicas com os clientes ele comprou um copo que se encaixa na peça. A bebida de mais de 500 ml é um mix de destilados –gim, rum, tequila, vodca e licor de laranja– que custa R$ 29,97.

"Aqui em Fortaleza temos o hábito desses botecos e bares de ter um drink bem alcoólico para quando a casa vai fechar e a pessoa quer beber mais umas cinco doses", explica. "Mas aqui no nosso bar o drink é servido toda hora e não pode levar o cano de PVC, é nosso", alerta o empresário, que tem servido cerca de oito drinks por noite.

Santos conta que a ideia do exótico copo de drink surgiu por acaso durante as compras de materiais de construção para o bar, que inaugurou em 15 de dezembro. Ele e a sócia Isabela Osterno Nóbrega, 25, estavam olhando ralos para o banheiro quando se depararam com a peça em PVC e imediatamente tiveram a ideia de servir um drink no cano.

"Eu e minha sócia somos muito conectados. A gente viu o cano no tamanho ideal, olhou um para o outro, teve a ideia junto e batizou o nome [do drink] na mesma hora. O nosso lema é: posso estar na fossa, mas eu não vou deixar de me divertir", afirma o empresário que também serve outro drink em um copo no formato de uma bota que mandou fazer.

No bar Tropicanos não são apenas os drinks exóticos que chama a atenção dos clientes, a decoração é super colorida e inspirada no brega. Mas Santos ainda não está satisfeito e, em breve, pretende colocar televisores antigos sintonizados em novelas e um equipamento cultural na entrada da casa. "Um varal que vai ter um tênis, calcinha, sutiã e cueca. Uma coisa assim bem brega, que a gente vê em casa, no cortiço e não tem importância porque brasileiro não se importa."